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UFPB relança plataforma WikiLibras com mais de 17 mil sinais em Libras

Colaboradores, animadores e especialistas poderão criar sinais de modo automatizado
publicado: 11/09/2020 19h46, última modificação: 11/09/2020 19h46
Videoaulas de capacitação para utilização da plataforma também foram lançadas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Videoaulas de capacitação para utilização da plataforma também foram lançadas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) relançou a plataforma WikiLibras com mais de 17 mil sinais em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Videoaulas de capacitação para utilização da plataforma também foram lançadas. O relançamento da ferramenta, na tarde desta quinta-feira (10), foi transmitido por meio das redes sociais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Agora, a plataforma, que permite adicionar e corrigir sinais em Libras, de forma colaborativa, para o dicionário de sinais da Suite VLibras, propõe a automatização do processo de criação de sinais e estabelece perfis específicos para cada etapa do processo: colaboradores, animadores e especialistas.

Já as videoaulas serão para animadores e sobre as regras de descrição formal da língua de sinais utilizadas para a construção do corpus textual bilíngue da Suite VLibras. Além disso, os participantes vão aprender como elas são interpretadas pelo elemento de tradução do VLibras em módulo de inteligência artificial (Tradutor DL).

“É um momento bastante oportuno e necessário para convidar pessoas interessadas, a comunidade surda, linguistas, especialistas em Libras e intérpretes de Libras para contribuírem na evolução da Suite VLibras”, destacou a titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscilla Gaspar.

Este relançamento é resultado de acordo de cooperação técnica firmado em julho deste ano, entre a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, do Ministério da Economia, e a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a fim de estabelecer ações para o processo de avaliação, melhoria, colaboração, gestão e apropriação das ferramentas da Suite VLibras.

O acordo também prevê o planejamento de uma política de acessibilidade capaz de reunir a comunidade interessada para a operacionalização do processo de correção e adição de novos sinais na plataforma e a melhoria contínua do processo de tradução. O projeto é coordenado pelo professor do Departamento de Informática da UFPB, Tiago Maritan.

Fruto de parceria entre o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação, e a UFPB, a Suite VLibras consiste em um conjunto de ferramentas computacionais de código aberto, responsável por traduzir conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) em Libras.

A ideia é tornar computadores, dispositivos móveis e plataformas Web acessíveis para pessoas surdas. Com isso, é possível que pessoas surdas possam acessar conteúdos dessas tecnologias em sua língua natural de comunicação, reduzindo as barreiras de comunicação e acesso à informação.

A Suite VLibras é composta pelas ferramentas VLibras-Plugin, VLibras-Desktop, VLibras-Video e WikiLibras. Essas ferramentas possuem, em comum, um núcleo central de desenvolvimento, denominado VLibras-Núcleo, que tem como objetivo concentrar as principais funcionalidades dessas ferramentas.

Nessa suíte, os conteúdos em Libras são gerados a partir da tradução de textos, legendas ou áudios em língua portuguesa e são representados por um agente animado virtual 3D (avatar-3D).

Para a geração desses conteúdos, um dicionário de Libras foi desenvolvido pela equipe do projeto, juntamente com uma ferramenta Web de construção colaborativa de sinais em Libras, denominada WikiLibras.

A proposta do WikiLibras é permitir que colaboradores possam participar do processo de desenvolvimento do Dicionário de LIBRAS através da adição de novos sinais ou da edição dos sinais existentes, tornando o seu desenvolvimento mais produtivo.

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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB