UFPB revela avanços nos últimos oito anos; manter-se no Top 1 de patentes é desafio

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) divulgou, nesta sexta-feira (17), os principais avanços que conquistou nos últimos oito anos. Manter-se no Top 1 de patentes no país é um dos desafios mais notáveis.

O documento “UFPB em números: 2012-2019” apresenta resultados alcançados nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, inovação tecnológica, internacionalização e gestão de pessoas.

De acordo com o documento, nesse intervalo de tempo, foram formados mais de 8,1 mil mestres e doutores. Entre 2012 e 2019, o número de diplomados aumentou 15%, ao passar de 897 para 1.120.

No mesmo período de tempo, houve acréscimo de 53%, na quantidade de matriculados nos 81 Programas de Pós-graduação da UFPB: subiu de 3.433 para 5.240. Atualmente, a instituição possui quase seis mil discentes com matrículas efetivadas.

Segundo a coordenadora de avaliação da pós-graduação da UFPB, professora Márcia Fonseca, o número de programas stricto sensu aumentou em torno de 30%, entre 2013 e 2019. 

A gestora conta que a instituição possui hoje 113 cursos de pós-graduação stricto sensu: 73 mestrados (60 acadêmicos e 13 profissionais) e 40 doutorados (cinco em associação e um doutorado profissional). 

“Apesar do movimento atual de enxugamento da pós-graduação no país, em 2019, a UFPB teve quatro novos cursos aprovados e o primeiro doutorado profissional em Saúde da Família efetivado no país. Até fins de novembro, foram titulados 980 concluintes”, destaca Márcia Fonseca. 

Para a reitora da UFPB, professora Margareth Diniz, apesar de haver dificuldades em todas as universidades públicas do país, a instituição conseguiu avançar e alcançar indicadores de excelência em áreas estratégicas. 

“Na inovação tecnológica, somos 1º lugar no número de depósitos de patentes. Na produção de artigos, Top 1 em publicações de periódicos de alto impacto na área de Matemática. A nossa política de qualificação reforçou um quadro de profissionais de elevado nível. Temos 81% dos docentes com doutorado e 60% dos técnico-administrativos com pós-graduação”, acentua a reitora. 

A UFPB aumentou em 880% o número de patentes registradas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no período de 2012 até 2019: de 10 para 98 inovações patenteadas. É a primeira colocada no Brasil no órgão de depósito de patentes. 

A professora Márcia Fonseca afirma que um dos destaques para a pós-graduação da UFPB é ser uma das 36 instituições brasileiras contempladas pelo Programa de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes-Print).

“Representa um selo do grau de internacionalização. Foram 86 convênios realizados com instituições internacionais. Dez na América do Norte, um na Central e 12 na do Sul; dois na Ásia; quatro na África; e 57 na Europa”, argumenta. 

De acordo com a organizadora do relatório “UFPB em Números 2012-2019”, professora Elizete Ventura do Monte, os  resultados obtidos pela instituição revelam os principais investimentos nas áreas de ensino. 

“Dá visibilidade ao papel da UFPB para o desenvolvimento da sociedade, que é a principal beneficiaria das ações desenvolvidas. Além disso, mostra a destinação do orçamento da UFPB nos últimos anos”, conta Elizete. 

Conforme dados disponíveis no relatório, a UFPB incrementou em 231% a aquisição de livros e houve 78% de títulos adquiridos. De 2012 até 2019, o número de exemplares subiu de 8.281 para 14.742, de títulos novos foi de 1.992 para 2.193 e os valores investidos aumentaram de aproximadamente R$362 mil para quase R$2 milhões. 

Além disso, houve acréscimo de 149% na publicação de livros pela Editora da UFPB, mais 25% na quantidade de livros e periódicos publicados no portal institucional e, de 2014 a 2019, os investimentos em publicação científica subiram de R$118 mil para mais de R$293 mil. 

“O trabalho criativo e planejado tem contribuído de forma decisiva para que seja alcançado o alto índice de qualidade do nosso desempenho”, ressalta a reitora Margareth Diniz. 

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB