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UFPB vai mapear potencial do Brejo Paraibano para plantio da cana-de-açúcar

Relatório subsidiará concessão de empréstimo para agricultores
publicado: 04/06/2019 18h48, última modificação: 04/06/2019 22h17
Produtividade do plantio de 2020 poderá ser maior. Crédito: Divulgação

Produtividade do plantio de 2020 poderá ser maior. Crédito: Divulgação

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mapeará potencial do Brejo Paraibano para plantio de cana-de-açúcar. Relatório com análises de imagens de satélites, levantamento de pluviosidade, resgaste histórico e avaliação do solo será concluído e enviado até o fim deste ano, para o Ministério da Agricultura.

A expectativa é a de que os agricultores das cidades de Areia, Bananeiras, Alagoa Grande, Pilões, Serraria e Serra da Raiz possam realizar, de forma orientada, o plantio anual da cana ainda no início de 2020, a fim de atender à demanda por cana-de-açúcar na região.

A motivação para a pesquisa surgiu da necessidade de viabilizar para eles a possibilidade de adquirir empréstimos para as plantações, com baixo custo, concedidos pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O Brejo Paraibano é conhecido pela forte presença de engenhos, cachaçarias populares e plantações de cana-de-açúcar.

“O mapeamento foi solicitado para que o benefício possa ser estendido aos agricultores da região, em reunião com Ministério da Agricultura, Serviço Nacional de Aprendizagem Regional (SENAR), Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER) e prefeitos das cidades do Brejo”, conta Manuel Bandeira, diretor do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e coordenador do projeto.

Para explicar a importância da investigação para a economia da localidade, o gestor e pesquisador cita, como exemplo, as cachaçarias da cidade de Areia. São nove, com produtos que concorrem e ganham prêmios nacionalmente, mas que, segundo levantamento prévio realizado pela UFPB, apenas 3% da região da cidade correspondem à plantação de cana.

“As cachaçarias de lá compram cana de outras cidades e, às vezes, de outros estados, porque a cidade de Areia não tem produtividade suficiente para atender à demanda”, conclui Bandeira.

Bruna Ferreira | Ascom/UFPB