Lavid faz pré-estreia do filme EsteroEnsaios

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Produzido em 4K 3M – estereoscópia, a exibição ocorreu no Rio de Janeiro durante o Cinegrid promovido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

 

A tecnologia de projeção cinematográfica desenvolvida pelo projeto Cinema Digital do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi utilizada no lançamento do filme “EstereoEnsaios” produzido em 4K 3D (estereoscópia). A exibição ocorreu no Cinegrid 2011, um evento de cinema promovido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O Cinegrid aconteceu na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro no dia 15 de setembro.

 

O filme “EstereoEnsaios” foi produzido pelo Grupo de Trabalho - Aplicações Avançadas de Visualização Remota, cujo subgrupo de produção de conteúdo é coordenado pela professora Jane Almeida da Universidade Mackenzie, São Paulo. O Lavid também participa deste GT sendo responsável pelos sistemas de distribuição e exibição de cinema digital. O projeto é coordenado pelo professor Guido Lemos e conta com o financiamento da RNP.

 

O objetivo do projeto Cinema Digital é o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de armazenar, distribuir e exibir filmes digitais UHD (Ultra High Definition) com resolução 4K (4096 x 2304 pixels) através de uma infraestrutura de computação em nuvem. A tecnologia também permite a execução de imagens em 3D (estereoscópia).

 

O software desenvolvido organiza o armazenamento de arquivos em vídeo a partir da distribuição em rede com base no conceito de computação em nuvem. A nuvem é criada por meio de uma estrutura de servidores que armazena e disponibiliza dados no ciberespaço permitindo acessá-los em qualquer tempo e lugar.

 

“O cinema, com a digitalização, está deixando de ser apenas uma sala de exibição tornando-se um centro de exibição multimídia. Ou seja, um ambiente distribuído que permite, além da exibição de filmes, a transmissão de espetáculos ao vivo e suporte a telepresença”, destaca o gerente de projeto, Lucenildo Aquino.

 

Um requisito do projeto é que a tecnologia viabilize a montagem de salas de exibição para cinema digital a baixo custo. “O objetivo final é produzir tecnologia de baixo custo que torne viável a implantação de uma sala de cinema em cada município do Brasil”, ressaltou Guido Lemos.

 

O barateamento não se dá apenas no custo da estrutura física, mas também de distribuição de filmes, já que com a tecnologia desenvolvida é possível ter acesso aos repositórios de armazenamento de produções cinematográficas por meio da Rede de Vídeo Digital (RVD) da RNP. A RVD surgiu a partir de um projeto anterior do Lavid que foi o Grupo de Trabalho Vídeo Digital. Neste grupo foram desenvolvidas aplicações de transmissão ao vivo e sob demanda de vídeos digitais através de rede IP, que são o DLive e DVod.

 

Outro diferencial desta tecnologia é a capacidade de codificar o filme segundo as características da infraestrutura de rede, do servidor e do projetor utilizado para a exibição na sala de cinema.

 

Uma pretensão do projeto para o futuro é que através da rede da RNP seja possível a integração de todos os repositórios de filmes e produções do Ministério da Cultura. Fator que demonstra a preocupação do projeto em não só desenvolver a tecnologia em si, mas também em pensar as formas de aplicação da mesma no cenário produtivo cinematográfico.

 

“O governo já está investindo no desenvolvimento da tecnologia, porém são necessários mais recursos para viabilizar a criação de laboratórios avançados de visualização semelhantes aos que existem em Tóquio, San Diego, Praga, Amsterdam, Londres, entre outros. Só assim o Brasil poderá disputar em igualdade de condições no cenário mundial de desenvolvimento de tecnologia para cinema digital”, reforçou Guido Lemos.

 

Confira imagens do filme "EstereosEnsaios" na página: www.estereoensaios.com.br.

 

Para saber mais sobre o projeto Cinema Digital acesse aqui.

 

Fonte: Agência de Notícias da UFPB/ Com informações do Lavid