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SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE: AS DECISÕES NOS PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DOS BENS CULTURAIS
Eliane Marchezini Zanatta, Marcus Granato

Última alteração: 2016-11-21

Resumo


A história da conservação e restauração vem demonstrando que o conservador e o restaurador, como sujeitos nos processos de intervenção em bens culturais, utilizaram-se nas últimas décadas de conhecimentos científicos, estéticos, históricos, culturais, sociológicos, etc., de forma a relacionar-se mais proficuamente com os bens culturais para se chegar a um tratamento mais adequado. Por essas razões, o desenvolvimento deste artigo tem como objetivo refletir sobre a subjetividade e a objetividade no âmbito dos processos de conservação e restauração do patrimônio cultural, analisando as significâncias da subjetividade, orientados pela teoria e prática, onde as sínteses das contradições do campo buscam, por um lado, a perpetuação do racionalismo, por meio dos métodos de análise científica, aportados nas ciências exatas, e, por outro, o entendimento dos sistemas processuais dos aspectos socioculturais, pelo viés das ciências humanas e sociais, caminhando para o desenvolvimento de um discurso contraditório e complexo no curso da própria história do campo. Entre as influências buscar-se-á o ancoradouro teórico nas proposições de Salvador Muñoz Viñas, autor da Teoria Contemporánea de la Restauración, que despertou para essa problemática, reconhecendo formalmente as questões como a subjetividade nos processos de tratamento dos objetos, refletindo uma lógica de mudança no campo, identificando que não há conservação e restauração sem que os sujeitos estejam presentes, exercitando seu pensamento critico e confrontando novos sentidos sob a perspectiva dos aspectos do espaço social dentro dos quais atuam.

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