A linguagem médica é marcada por obscuridade e ambiguidades. Imprecisões essas que no contexto médico podem ter consequências graves, não só para a prestação de cuidados da saúde, mas também para a ciência médica. Além disso, são prejudiciais à comunicação entre os médicos, para as estatísticas médicas, e, consequentemente à prática clínica. A prática inter profissional em medicina e a interação entre os médicos dependem de alguns fatores, dentre eles uma comunicação evidenciada por uma linguagem clara em que os significados pretendidos sejam preservados. A questão “comunicação” tem sido apontada por vários estudos como sendo de extrema importância. A deficiência na comunicação entre os profissionais de saúde e a falta de clareza dos registros médicos são apontados como causas de incidentes terminológicos, uma vez que conceitos médicos básicos podem significar coisas diferentes para diferentes médicos, levando à problemas de comunicação e a atendimentos equivocados. Uma solução para tal cenário consiste na padronização terminológica por meio de definições lógicas e textuais no momento da construção de ontologias. O presente artigo busca discutir a importância da definição de termos e apresenta alguns estudos que evidenciam essa importância e os benefícios das referida definições, sejam estas logicas e ou textuais no momento da construção de ontologias na área da médica. E ainda, que mesmo sendo de extrema importância, a prática de definir ainda não é implementada na maioria dos casos. Não é incomum se deparar com ontologias sem definições. Espera-se contribuir para um melhor entendimento sobre a importância das definições na construção de ontologias, bem como auxiliar ao profissional da informação em suas necessidades práticas.