Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

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A FRUIÇÃO POR TRÁS DOS TRAÇOS: A REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO E AS MEMÓRIAS DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DO MUNICÍPIO DE CAMALAÚ NA PARAÍBA.
Thaís Catoira, Carlos Xavier Azevedo Netto

Última alteração: 2016-11-24

Resumo


Este trabalho apresenta parte dos resultados alcançados no desenvolvimento da pesquisa de doutorado, cujo objetivo trata-se em compreender o processo de fruição e as diferentes representações da informação vinculadas ao patrimônio arqueológico pertencente à sociedade de Camalaú, localizada na microrregião do Cariri Ocidental da Paraíba, percebendo ainda, as possíveis mudanças nas formas de olhar tal patrimônio, antes e depois da presença de arqueólogos e demais pesquisadores nesta comunidade. Discute-se a noção de patrimônio cultural no campo da Ciência da Informação, a partir de suas relações com a memória, informação e representação da informação, entendendo que, tais construções atuam por meio dos processos simbólicos e culturais que podem ser evocados ou esquecidos pela comunidade. Para tanto, o cientista da informação ao considerar a fruição em seu campo de pesquisa para a reflexão da representação da informação, alcança novas possibilidades informativas e principalmente a materialização de diferentes memórias. Neste sentido, a pesquisa em processo, está identificando diferentes referenciais de memória que permeiam e constroem a memória social da comunidade camalauense a fim de ampliar as informações e suas variadas formas de representação sobre seus sítios arqueológicos. Adotou-se para o processo metodológico do trabalho, a pesquisa de campo, através de uma abordagem etnográfica, utilizando como recursos técnicos, diários de campo, registros fotográficos e gravações. Percebe-se conforme a partir das primeiras análises da convivência local, que a representação da informação, bem como a memória, se moldam através de ações, relações de proximidade e distanciamento, bem como no mesmo sentido, para a formação de uma concepção de patrimônio cultural que precede uma relação de pertencimento entre o sujeito e o bem cultural.

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