O objetivo deste artigo é conhecer e analisar o comportamento de uso de informação de pessoas não especializadas na área da Saúde (pacientes, excetuando-se estudantes e profissionais da área). A fundamentação teórica partiu do estudo da literatura especializada no que se refere ao comportamento de uso da informação, além de abordar os conceitos de Ciência da Informação e Saúde, bem como do estudo dos modelos de Ellis (1989), Khulthau (1991) e Taylor (1991). Por meio de um estudo fenomenológico e pesquisa empírica junto a pacientes do Hospital Geral Dr. César Carls de Oliveira, em Fortaleza, pudemos chegar a algumas conclusões dentre as quais destacamos: a) o usuário não admite, mas prefere fontes de informação informais, que veiculem depoimentos de outros indivíduos que passaram pelos mesmos problemas de saúde, e que sejam capazes de indicar medicamentos; b) há usuários de informação que só procuram assistência médica quando não conseguem encontrar tratamento e cura por conta própria na Web; c) há usuários que procuram informação para melhor compreender e dialogar sobre seu problema de saúde com o médico; d) os usuários têm urgência na busca por informação por terem pressa na cura da doença não só por causa dos incômodos físicos que elas causam, mas também por temerem perder seus empregos devido à entrega de atestados médicos e também por medo de terem que se afastar do convívio social com a família e amigos; e) a Web é utilizada como forma de acesso a informações que são utilizadas para o autodiagnóstico e automedicação.