Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

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RELAÇÕES DE GÊNERO E BIBLIOTECONOMIA: O QUE MOVE O SEXO MASCULINO A INGRESSAR EM UM CURSO MAJORITARIAMENTE FEMININO
Hugo Avelar Cardoso Pires, Lígia Maria Moreira Dumont

Última alteração: 2016-11-21

Resumo


As profissões ao longo do tempo foram se tornando mais femininas ou masculinas por características do trabalho e por tipo de atividade. A profissão bibliotecária se insere no contexto das profissões determinadas pela divisão sexual do trabalho, uma vez que se feminilizou, sobretudo, pelo aumento de sua tecnicidade, ligada à educação, à ordem, bons costumes, características tidas como femininas. Entretanto, observa-se nos últimos tempos no Brasil maior procura de homens pelos cursos de Biblioteconomia, sobretudo após os anos 1980. O objetivo da pesquisa foi investigar as razões que levam os homens a escolher o curso de Biblioteconomia, um espaço majoritariamente feminino. Foi realizada uma pesquisa social, de caráter histórico e descritivo, que consistiu em um levantamento tipo survey, com envio de questionário através da ferramenta Google Docs, para os Conselhos Regionais de Biblioteconomia das cinco regiões do país, que o repassaram para os bibliotecários inscritos após 1980. Tal década é o marco do crescimento do número de homens nos cursos de Biblioteconomia. Observou-se que esses são atraídos pelo curso por motivos variados, mas sobretudo pelos “motivos racionais”, como a oferta de curso noturno, a nota média de corte no vestibular mais baixa e, principalmente, a oferta de empregos e concursos. Ademais, observou-se que há pouca preocupação dos bibliotecários quanto às relações de gênero presentes na sociedade e na profissão de bibliotecário.

 


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