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As Delegacias de Ordem Política e Social – DOPS foram órgãos de policia política instituídos nos estados brasileiros com finalidades investigativa e repressiva. Com a instauração do regime ditatorial no Brasil no ano de 1964, tais delegacias violaram constantemente postulados dos direitos humanos e, devido à característica repressiva do regime, suas atividades ficaram ocultas da sociedade. Com a redemocratização do país e abertura dos acervos resultantes das atividades dessas delegacias, amplia-se o uso desses acervos para a reconstrução histórica do período, para a fruição de direitos, sendo também uma forma de pacificação com a nova ordem democrática instaurada com a Constituição de 1988. O objetivo desse artigo é discutir o conceito de memória aplicado aos acervos arquivísticos e também se existe influência dos acervos das extintas DOPS para a construção da história da ditadura brasileira. Os resultados apontam positivamente para a influência desses acervos para a história da ditadura e, ainda, para a importância das atividades de organização e representação da informação como elo entre esses documentos e a sociedade.