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O acesso e uso dos dados em todo o espectro do seu ciclo de vida vêm sofrendo profundas transformações ao longo dos últimos anos, sobretudo com a incorporação e adaptação destes às especificidades advindas com a Computação em Nuvem e a Internet das Coisas, que ganharam considerável impulso neste período. Faz-se necessário, portanto, uma reavaliação dos impactos deste novo cenário nas fases de coleta, armazenamento, recuperação e descarte de dados. A Computação nas Nuvens, a Computação Ubíqua e a Internet das Coisas trouxeram o aporte necessário para que o processamento computacional possa ser feito de forma distribuída e a qualquer momento, oferecendo possibilidades de armazenamento, físico e lógico, muito distinto de décadas passadas. É a ubiquidade sendo buscada nas sequências de zeros e uns que compõem os arquivos computacionais. O foco, portanto, já não está no “onde”, mas sim no “como” e no “quando”, que acabam por se tornar elementos essenciais desta nova abordagem. Torna-se necessária a criação novas formas de representação de objetos, que permitam o desenvolvimento de níveis mais elevados de abstração, nos quais a “virtualização” destes objetos e sua consequente utilização se dê de forma mais transparente e sem rupturas contextuais. Este trabalho propõe um novo ponto de vista para reflexão sobre a representação das “coisas”, a Sublimação de Dados, que incorpora a abstração resultante das relações entre objetos físicos e seus subprodutos digitais, incluindo-se nesta categoria suas representações equivalentes na constituição e interação com os novos cenários propiciados pelas Tecnologias Digitais.