Nos últimos tempos o vírus Zika despontou mundialmente como um grave problema de saúde a ser enfrentado, e a iminência de uma epidemia tornou-se então preocupação dos cientistas no mundo inteiro. Dado este cenário, as perguntas que norteiam esta pesquisa são: qual a contribuição do Brasil nesta crescente produção, seu nível de internacionalização, se e de que forma a produção científica pode ser influenciada pela emergência de uma doença como a Zika. Para isto, tomou-se como objeto de análise as publicações indexadas na base de dados Scopus, no período de 1949 a julho de 2016. As 953 referências encontradas foram descarregadas, padronizadas e analisadas quantitativamente. A evolução da produção mundial e brasileira no tema se concentra nos últimos três anos (2014-2016), principalmente no ano de 2016 e foram publicadas em diferentes tipologias documentais, característica que pode indicar uma relação entre o aumento da produção científica, sua distribuição e dinâmica e a emergência da doença como problema de saúde pública mundial. O Brasil vem se destacando como um dos principais produtores de conhecimento sobre o tema. Sua produção se caracteriza por seu alto grau de internacionalização, ser disseminado majoritariamente em periódicos da área de medicina e apresentar a Fiocruz como a principal instituição de afiliação. Cabe salientar que a análise aqui desenvolvida não pretendeu ser exaustiva, mas sim promover uma reflexão inicial sobre o estado atual da produção de conhecimento sobre um tema de grande magnitude para a saúde brasileira. Análises complementares estão sendo desenvolvidas pelo grupo, tais como a categorização temática dos estudos e características das citações.