Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

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A CAMINHO DA COMPREENSÃO DO “SOCIAL” DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: QUESTIONANDO A RESSIGNIFICAÇÃO DE CONCEITOS SEGUNDO OS ESTUDOS SOCIAIS DA INFORMAÇÃO
Leyde Klebia Rodrigues da Silva, Gustavo Silva Saldanha

Última alteração: 2016-11-21

Resumo


A pesquisa representa uma reflexão epistemológico-histórica, menos atenta às questões do tempo histórico da CI, e mais interessada na construção de conceitos que se estabeleceram no decurso do pensamento dos estudos informacionais e se conformaram no contexto metacientífico do discurso de legitimação do campo. Deste modo, recorremos à uma abordagem metodológica de fundo teórico, orientada para a compreensão conceitual e suas condições na epistemologia informacional. Ao longo de seu processo epistemológico-histórico, encontramos a manipulação de conceitos como “sociedade”, “indivíduo”, “inclusão”, “democratização”, noções que têm sua constituição “sólida” a partir dos aportes de uma “sociologia forte”, e, ao mesmo tempo, são apropriados e ressignificados no âmbito dos estudos informacionais. Como questão-problema, indaga-se: qual a margem de troca, de inovação ou de repetição destes termos adotados aqui e acolá como conceitos? O estudo realiza, pois, dois grandes movimentos: a) uma discussão sobre os procedimentos teórico-metodológicos para um reconhecimento conceitual; b) uma crítica da construção do “social” nos estudos informacionais. Nas reflexões conclusivas, constata-se que uma das margens centrais para a compreensão das abordagens sociais na Ciência da Informação está, antes, no reconhecimento, a partir de uma epistemologia histórica, das condições sociais de fundamentação do campo e de sua apropriação de uma tríade dimensional sobre o “social”: a) aquele da “sociedade” como fenômeno no qual o campo está inserido; b) aquele “operacionalizado” a partir das lentes dos estudos informacionais; c) aquele retirado diretamente da construção sociológica, outra seja, “social-epistêmico”, já constituído como um construto reflexivo para analisar o próprio “social”.


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