Apresenta questões que envolvem os arquivos, os silenciamentos/apagamentos e a construção de memórias, tendo como objeto de estudo o arquivo pessoal do matemático britânico Alan Turing, pioneiro da ciência da computação. O estudioso tornou-se figura representativa para a história da II Guerra Mundial por ter seu trabalho vinculado ao desenvolvimento de um instrumento que descodificava mensagens do governo alemão durante a guerra. Porém o reconhecimento oficial do governo britânico se deu quase cinquenta anos após a sua morte. Recentemente os documentos relacionados às suas atividades tornaram-se públicos, arquivos sobre sua figura foram constituídos sua história foi representada em um filme. O fato de Turing ter sido homossexual nos faz refletir sobre o apagamento de sua história na historiografia da grande guerra, apontando a nossa pesquisa para um estudo do tema memória, arquivo e poder. Este trabalho faz parte da pesquisa de doutoramento em desenvolvimento no programa de ciência da informação da Universidade Federal Fluminense, intitulada “O arquivo recalcado: da psicanálise à ciência da informação”.