Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

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OFICINAS INTERGERACIONAIS: SABERES E FAZERES DA EXPERIÊNCIA E SIGNIFICAÇÃO
Simone Borges Paiva, Edmir Perrotti

Última alteração: 2016-09-14

Resumo


A presente comunicação versará sobre pesquisa de doutoramento, intitulada: Oficinas Intergeracionais: saberes e fazeres da experiência, mediação e significação. O trabalho investigou a importância das relações intergeracionais na qualificação de informações e processos de construção de conhecimento. Para tanto, em uma instituição de educação complementar à escola, que atende crianças de 7 a 14 anos, na região de Paraisópolis, na cidade de São Paulo, com quase 100.000 habitantes na região sul da cidade desenvolveu-se um dispositivo cultural – “Oficinas Intergeracionais”, a partir de biblioteca e em conjunto com os educadores locais. Utilizou-se como método de trabalho a pesquisa colaborativa (PERROTTI; PIERUCCINI, 2007; DESGAGNÉ, 2001) na qual o pesquisador tem a oportunidade de atuar, de modo colaborativo, diretamente no terreno, com a comunidade e com instituições educativas parceiras que aí também atuam. As “Oficinas Intergeracionais” promoveram e permitiram a emergência e a recriação de uma corrente de saberes e fazeres entre idosos, crianças, jovens, educadores e pesquisadora que apontam para diferentes direções, articulando fluxos informacionais a processos de: a) construção e reconstrução de identidades b) criação de vínculos entre sujeitos de diferentes condições etárias e culturais; c) promoção do sentimento de pertencimento; d) fortalecimento da alteridade e de reconhecimento do outro. A pesquisa comprova que as trocas de saberes e fazeres promovidas pelas Oficinas Intergeracionais constituem-se em caminho promissor para a instauração de novas e necessárias relações entre informação e significação, preservando e valorizando processos essenciais de apropriação e criação de conhecimento e cultura na “era da informação”, marcada por diferentes formas de segmentação que necessitam ser redefinidas e redimensionadas, face a importância essencial das relações intergeracionais nos processos de significação.

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