Neste trabalho analisa-se a expressividade crescente da China na produção científica global. O mencionado aspecto compreende o resultado de um protagonismo geopolítico exercido nas instâncias internacionais. Dentre as táticas adotadas pelo país para ampliar a sua zona de influência consta o processo de parcerias estratégicas com diversos países em múltiplos setores e segmentos. Os BRICS são apresentados como um projeto geopolítico com o interesse de se viabilizar um processo de transformação das atuais estruturas de representação do cenário global. Como procedimento de pesquisa utiliza-se a base Scopus para a fonte do levantamento dos dados referentes à produção científica mundial, no período de 2011 a 2015, com destaque aos documentos indexados originários da China e dos demais países pertencentes ao grupo BRICS, além dos Estados Unidos. Os resultados apresentados convergem para as expectativas da literatura especializada, que apontam para o eminente crescimento da China como potência econômica, militar, científica e tecnológica. O país tem-se notabilizado por uma visibilidade que impressiona pelo volume crescente da sua produção científica. Esta condição demonstra uma tendência para desencadear a liderança dos pesquisadores chineses no número de publicações científicas indexadas na base Scopus. Identifica-se que esta situação advém da coordenação estratégica de um projeto governamental instituído como política pública para subsidiar o desenvolvimento econômico nacional. Em relação às considerações finais, destaca-se que a China assume a parceria BRICS como uma alternativa de grande potencialidade para ampliar a integração de países e instituições com capacidades históricas em Ciência, Tecnologia e Inovação. O interesse chinês visa construir um efetivo processo de relacionamento pautado em resultados pragmáticos que priorizam instaurar a colaboração científica como um processo de relacionamento consistente entre os países de economia emergente.