Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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Representações e práticas culturais na literatura regionalista de José Lins do Rego
Maria Thaize dos Ramos Lira

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


A literatura regionalista contou com participação de vários romancistas, dentre eles, o paraibano José Lins do Rego (1901-1957), cuja produção literária, particularmente as obras do “Ciclo da cana-de-açúcar”, é marcada pelo tom da decadência da sociedade patriarcal nordestina e a substituição dos engenhos pela usina. Sendo assim, esta pesquisa tem por objetivo analisar como a literatura regionalista se apropriou de um conjunto de práticas culturais, expressando-as enquanto representações sociais próprias a uma identidade regional em formação, durante as primeiras décadas do século XX, a partir dos romances de José Lins do Rego. Promoveremos diálogo com algumas pesquisas que versam sobre o autor, dentre as quais se destacam Albuquerque Júnior (2001), Castelo (1961), Chaguri (2007), Oliveira (1997). Situamos esta pesquisa no campo da História Cultural, em especial, nas articulações entre práticas e representações propostas por Roger Chartier (1990). Pretendemos adotar como corpo documental principal o romance de José Lins do Rego: Fogo Morto (1943). Como procedimento metodológico serão analisados trechos que indicam a presença dessa sociedade patriarcal nordestina, com seus elementos caracterizadores do cotidiano no engenho e das pessoas que ali viviam, de forma a se identificar como as representações sociais produzidas por José Lins contribuíram para formulação de uma identidade regional centrada no que conhecemos como “culturas do açúcar”. Espera-se com esta pesquisa, compreender a forma que José Lins do Rego se apropria de práticas culturais específicas da sociedade açucareira (cultura do açúcar) para construir a sua narrativa.

Palavras-chave: Ciclo da cana-de-açúcar, História cultural, José Lins do Rego


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