Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVII Encontro Estadual de História

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"Loucos" e "alienados": os discursos acerca da loucura na Parahyba do Norte no início do século XX
Danilo Fernandes dos Santos

Última alteração: 2016-12-19

Resumo


No final do século XIX e início do século XX, as cidades brasileiras estavam imersas em uma nova lógica, uma lógica de modernização, não apenas das ruas, das praças, das casas, ou seja, das estruturas físicas, mas uma reforma do próprio sujeito que deveria/poderia ser nela transeunte. Para tal empreendimento foram criadas novas categorias de indivíduos que devido as suas características não se adequavam a esse projeto, a essa nova cidade. Esses anormais, ou a-sociais, como Michel Foucault os denominou, deveriam ser retirados, excluídos da urbe moderna. Como mecanismo de exclusão e enclausuramento foram criadas as instituições que os absorveram com o discurso de cura ou mesmo de humanização ou readaptação. A cidade da Parahyba do Norte, com todas as suas especificidades, também foi absorvida nesse projeto que buscava a ordem e o progresso dessa pequena urbe, portanto, os indivíduos que fugiam dos padrões estabelecidos deveriam ser reclusos e readaptados, ou mesmo só tirados da vista dos pretensos modernos; nesse intuito foram criadas várias instituições, como hospícios, asilos e orfanatos, por exemplo. Neste sentido, o presente artigo tem como pretensão analisar os discursos acerca de uma categoria desses indivíduos: os loucos, partindo dos discursos produzidos pelos médicos, imprensa e políticos na cidade da Parahyba do Norte nas primeiras décadas do século XX.

Palavras-chave: Cidade. Modernização. Loucos.

 


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