Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Estadual de História (v. 16, n. 1, 2014)

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SERTÃO, CIDADE E TRADIÇÃO: CARTOGRAFIAS URBANAS NA POESIA DE ANTÔNIO HENRQUES NETO
Paulo de Oliveira Nascimento

Última alteração: 2014-12-19

Resumo


Na historiografia contemporânea, a Literatura tem sido tomada como um locus privilegiado de representações da urbe. Quando nos voltamos para aquela Literatura em cuja base está a tradição oral nordestina do cordel, encontramos uma significativa gama de referências à cidade, seja rendendo-lhe homenagens, seja ojerizando-a. Interessa-nos, neste trabalho, atentarmos para as representações do urbano postas na obra poética do picuiense Antônio Henriques Neto.

Neste campo, adentramos naquilo que estamos chamando de uma elaboração de representações de um “Sertão Antigo”, no qual imperam a tradição, a aspereza, a rusticidade e principalmente a honradez. Nos poemas henriqueanos, as representações do urbano darão conta de cidades modernas, nas quais há um desvirtuamento dos valores e tradições daquele “Sertão Antigo”. Nestas cidades, o homem e a natureza sertaneja são conspurcados por um presente urbano, moderno, que os atropela e os fazem querer voltar a um passado tradicional, auspiciado por uma memória poética.


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