Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Estadual de História (v. 16, n. 1, 2014)

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DAS “SUBVERSÕES” DOCENTES NAS TRAMAS DE “CLIO”: ENSINO DE HISTÓRIA, PROFISSÃO DOCENTE E DITADURA MILITAR EM CAMPINA GRANDE (1964-1985)
Ramon de Alcântara Aleixo

Última alteração: 2014-12-29

Resumo


O presente estudo objetiva problematizar as trajetórias docentes ao longo da ditadura militar, em Campina Grande – Paraíba, face às re-orientações curriculares instituídas no bojo das reformas educacionais no contexto pós-1964. As atuações dos/as professores/as de História do Colégio Estadual de Campina Grande constituem o cerne de nossas incursões por entre os caminhos de “Clio” ao longo da ditadura militar. O saber-fazer docente e seu revérbero no âmbito das “culturas escolares” da instituição supramencionada nos possibilitam problematizar os usos dos currículos prescritos e táticas de “subversão” na configuração dos currículos da disciplina História no período em questão. Para tanto, nos apropriamos dos Diários de Classe encontrados no chamado “arquivo morto” da instituição, problematizando-os enquanto espaço apropriado pelo institucional. Entretecemos, assim, diálogos com as fontes orais, tomadas enquanto “relatos” e “resíduos” de ações na problematização da profissão docente e do saber histórico ao longo do período. Os resultados apontam para as diversas apropriações dos currículos prescritos, evidenciando as “subversões” docentes, encetadas pelas práticas de leituras e culturas historiográficas, notadamente de obras de referenciais teóricos “marxistas”, que norteavam as discussões e formas de resistências ao longo do período.

Palavras-chave: Ensino de História. Currículos. Memórias docentes.


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