Versão em Linguagem Simples por GRALHA, de Marcia Ditzel Goulart.
A Linguagem Inclusiva é uma forma de escrever que respeita todas as pessoas, evita estereótipos e facilita a leitura. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) adotou esse modelo desde 2023, revisando documentos para torná-los nítidos, acessíveis e não sexistas. As principais orientações são: usar palavras simples e frases curtas, evitar jargões, organizar as ideias do mais importante para o menos importante e empregar termos neutros como “pessoas” e “gente”, em vez de usar o masculino genérico ou símbolos como “x” e “@”.
Em poucas palavras, o que é Linguagem Inclusiva?
- É uma forma de escrever que evita expressões que excluem ou ofendem grupos sociais.
- Promove textos fáceis de ler e que representem todas as pessoas.
- Ajuda a desconstruir estereótipos e reforça a ideia de visibilidade e respeito.
Como o MGI está adotando essa linguagem?
- Desde março de 2023, o MGI iniciou um projeto piloto para usar uma linguagem inclusiva, simples e não-sexista em seus textos oficiais.
- Documentos, comunicados, normas e páginas do site foram revisados para ficarem mais acessíveis e inclusivos.
Para tornar o texto mais nítido e simples:
- Use palavras comuns e conhecidas.
- Prefira expressões concretas em vez de ideias abstratas.
- Evite termos em inglês; se precisar usar, explique.
- Em regras e normas, destaque os pontos importantes.
- Evite siglas e jargões; se usar, explique.
- Prefira verbos nítidos em vez de substantivos complexos.
- Faça frases curtas (até 20 palavras).
- Use voz ativa (sujeito → verbo → complemento).
- Organize do mais importante para o menos importante.
- Use recursos visuais, como tabelas e gráficos, sempre que possível.
Para evitar linguagem sexista:
- Não use “x”, “@” ou “e” (como “todxs”, “todes”). Essas formas não têm pronúncia natural.
- Evite usar o gênero masculino para representar todas as pessoas.
- Use palavras neutras, como “pessoa(s)”, “gente”, “quem”, “alguém”.
- Prefira palavras com gênero neutro, como “autoria” em vez de “autor/autora”.
- Se precisar indicar todos os gêneros, use “todas e todos”.
- Evite marcar gênero em pronomes e artigos quando não for necessário.
Cartilha de comunicação inclusiva e letramento
A comunicação inclusiva favorece que todas as pessoas possam se expressar e ser compreendidas com respeito e nitidez, independentemente de suas diferenças.
Ela não envolve apenas a linguagem falada ou escrita, mas também a adaptação das formas de comunicação para que pessoas de diferentes origens, identidades e experiências participem de maneira plena e igualitária.
O que é letramento?
O letramento vai além da leitura e da escrita.
Ele inclui a capacidade de entender, interpretar e interagir com várias formas de comunicação:
- escrita,
- visual,
- digital,
- práticas culturais e sociais.
Esse processo contínuo ajuda as pessoas a desenvolverem competências para interagir de forma democrática e inclusiva.
No trabalho, o letramento é uma ferramenta poderosa:
- promove bem-estar,
- fortalece a colaboração e o engajamento,
- cria ambientes mais harmoniosos e saudáveis,
- favorece que todas e todos possam contribuir e crescer.
Para que a comunicação inclusiva seja realidade, é preciso incorporá-la na cultura organizacional e nas práticas do dia a dia.
A cartilha do Governo Federal do Brasil, Pró-Integridade e MGI foi criada para ajudar você a:
- reconhecer, respeitar e valorizar as diferenças,
- refletir sobre suas crenças e atitudes,
- adotar práticas de interação mais positivas no trabalho e na sociedade a partir do letramento racial, letramento de gênero, combate ao capacitismo, combate a LGBTQIA+ fobia, combate ao etarismo e combate à intolerância religiosa.
Quando promovemos o respeito à diversidade e à convivência harmoniosa, criamos ambientes mais humanos, colaborativos e produtivos.