O conteúdo a seguir foi amplamente adaptado para a Linguagem Simples por GRALHA, de Marcia Ditzel Goulart.
Muitas pessoas autistas que não falam não conseguem mostrar o que sabem ou o que estão pensando com facilidade. No artigo de Jaswal, Lampi e Stockwell (2024) o termo “não falante” (em vez de “não verbal” ou “minimamente verbal”) foi usado para descrever pessoas que não conseguem se comunicar efetivamente pela fala. Essa escolha foi feita porque foi o termo preferido pela maioria dos participantes da pesquisa e por suas famílias. De qualquer forma, a expressão “não falante” mostra a dificuldade que essas pessoas têm em produzir a fala, mas não significa que elas não possuam linguagem ou que não sejam capazes de compreendê-la.
Por causa disso, essas pessoas podem ter dificuldades para:
Uma alternativa é aprender a digitar em computador ou tablet, em vez de falar.
Mas, para isso, é necessário saber soletrar.
Algumas pessoas acreditam que autistas não falantes não conseguem aprender a soletrar.
Para investigar isso, os autores realizaram um estudo com 31 adolescentes e pessoas adultas autistas que falam pouco ou não falam.
Essas pessoas participaram de um jogo no iPad, em que precisavam tocar em letras que piscavam.
Depois, foi analisada a velocidade com que tocavam nas letras.
O que foi descoberto
Participantes apresentaram três comportamentos típicos de quem sabe soletrar:
Conclusão
Os resultados da pesquisa sugerem que muitas pessoas autistas não falantes podem aprender a soletrar. Se tiverem oportunidades adequadas, podem aprender a se comunicar digitando.
Referência
JASWAL, V. K.; LAMPI, A. J.; STOCKWELL, K. M. Literacy in nonspeaking autistic people. Autism, [s. l.], 2024. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/13623613241230709. Acesso em: 8 jul. 2024.