A fadiga de acesso, no ensaio de Konrad (2021), é contemplada ao:
[...] como o acesso depende tanto da autoinvenção como da autopreservação. Por meio da fadiga de acesso, podemos ver como a marginalização e a opressão são experiências de simultaneamente agir e atrair, falar e calar, aparecer e ficar em casa, porque as lógicas que estruturam os nossos hábitos de envolvimento com a diferença dependem das próprias atividades retóricas dos indivíduos e da capacidade de lidar com as consequências de fazê-lo. A fadiga de acesso nos sintoniza com as maneiras pelas quais as exigências cotidianas de retórica se acumulam e provocam momentos de envolvimento e descomprometimento, mostrando como tanto a autoinvenção como a autopreservação são necessárias para responder às lógicas de responsabilidade individual pelo acesso. Ao basear-se em estudos anteriores sobre raça, gênero e deficiência, a fadiga de acesso participa do imperativo de compreender melhor as condições sociais que pressionam as pessoas com deficiência a confiarem em si mesmas - em vez de em todas as pessoas e na sua participação cúmplice em sistemas de poder que criam espaços inacessíveis. Em vez de depender das pessoas com deficiência para continuarem a satisfazer as expectativas do público, a fadiga de acesso proporciona meios para identificar os hábitos e as estruturas que precisam de mudar para apoiar uma vida pública mais inclusiva.
Descrever, superficialmente, essa forma de capacitismo como (p. 187) “a exaustão física e mental que resulta do trabalho de buscar acesso.”
KONRAD, A. M. Access fatigue: the rhetorical work of disability in everyday life. College English, v. 83, n. 3, p. 21, 2021. Disponível em: https://publicationsncte.org/docserver/fulltext/ce/83/3/collegeenglish31093.pdf?expires=1715980129&id=id&accname=guest&checksum=DDFCCB431C37C65B2BF6C80A0419FED8. Acesso em: 10 abr. 2024.
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