Nova lei na Paraíba garante vacinação em casa para autistas

quarta-feira, 2 de julho de 2025

O conteúdo a seguir, editado por Cida Alves – Brasil de Fato, encontra-se adaptado à Linguagem Simples pelo uso da inteligência artificial GRALHA, de Márcia Ditzel Goulart.

Uma nova lei aprovada na Paraíba garante que autistas possam receber vacinas em casa. A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado em 06 de junho de 2025.

O objetivo é oferecer um ambiente mais calmo, seguro e adaptado às necessidades sensoriais e comportamentais das pessoas autistas.

A lei, criada pelo deputado João Paulo Segundo (PP), define que a vacinação domiciliar inclui:

  • Avaliação antes da aplicação,
  • Aplicação da vacina,
  • Registro da vacinação.
    Tudo isso deve ser feito por profissionais da saúde preparados para lidar com pessoas autistas.

Segundo o Censo de 2022 do IBGE, o Brasil tem cerca de 2,4 milhões de pessoas autistas, sendo cerca de 46 mil na Paraíba. Destas, 30% têm dificuldades sérias para sair de casa, o que torna a vacinação em domicílio ainda mais importante.

A decisão de usar esse serviço deve ser tomada, sempre que possível, junto com a própria pessoa autista ou com seus responsáveis. A ideia é evitar sofrimento causado por filas, barulho ou situações comuns em ambientes hospitalares, que podem causar crises, ansiedade ou sobrecarga sensorial.

A psicopedagoga Marília Gomes, especialista em inclusão, destacou que a medida é um avanço:

“Vacinar em casa é cuidar da saúde e também respeitar as diferenças neurológicas dessas pessoas.”

O enfermeiro Rafael Oliveira, que trabalha com vacinação na região do Brejo paraibano, também apoia a iniciativa:

“Com um ambiente preparado e uma família bem orientada, conseguimos vacinar com tranquilidade, sem traumas.”

A lei também exige que as Secretarias de Saúde do Estado e dos municípios criem protocolos próprios para organizar o serviço e capacitar os profissionais de forma contínua.

Próximos passos

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) deve criar, nos próximos meses, um cadastro estadual para mapear as famílias interessadas em receber a vacinação em casa.

Esse cadastro vai ajudar a:

  • Organizar a logística da vacinação,
  • Alocar equipes treinadas,
  • Atender com prioridade os casos mais urgentes, como autistas que têm mobilidade reduzida, hipersensibilidade sensorial ou crises em ambientes hospitalares.

Segundo a SES, será possível solicitar o serviço de forma simples, por plataformas digitais ou nas unidades de saúde dos municípios.

Fonte: Brasil de Fato.

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