Pesquisa destaca dificuldades de pessoas autistas e trans no acesso à saúde

quinta-feira, 19 de junho de 2025

O conteúdo a seguir, do artigo de Bruce, Munday e Kapp publicado em 2023, foi traduzido e adaptado para a Linguagem Simples com a inteligência artificial GRALHA, de  Márcia Ditzel Goulart.

O que é o estudo?

A pesquisa investigou as experiências de pessoas adultas que são autistas e também transgênero e/ou não binárias no acesso a serviços de saúde voltados para identidade de gênero (Gender Identity Health Care – GIH).

Este tipo de atendimento inclui:

  • Terapia hormonal
  • Treinamento de voz
  • Psicoterapia
  • Cirurgias de afirmação de gênero

Por que este tema é relevante?

Estudos mostram que tanto pessoas autistas quanto pessoas de gênero diverso enfrentam barreiras semelhantes no sistema de saúde, como:

  • Ambientes pouco acessíveis
  • Desinformação dos profissionais
  • Processos burocráticos e excludentes

Garantir acesso adequado e respeitoso é um direito e uma necessidade urgente.

Como a pesquisa foi realizada?

A pesquisadora Harley Bruce, cisgênero e não autista, desenvolveu o estudo com colaboração de Katie Munday, pesquisador(a) autista e transgênero. Foram entrevistadas 17 pessoas autistas e trans para mapear:

  • Barreiras enfrentadas
  • Práticas positivas
  • Propostas de melhoria

Principais resultados

  1. Falta de preparo profissional
    • Pouco conhecimento sobre autismo e saúde trans
    • Diagnósticos incorretos em saúde mental
  2. Ambientes não acessíveis
    • Luzes fortes, ruídos, mudanças de rotina
    • Distância física dos serviços
  3. Obstáculos estruturais
    • Filas de espera longas
    • Dificuldades com cobertura dos planos de saúde
    • Processos padronizados e pouco acolhedores

Recomendações dos(as) participantes do estudo

  • Mais formação profissional sobre autismo e identidade de gênero
  • Adaptações no ambiente e no atendimento
  • Escuta ativa às pessoas usuárias dos serviços

Contribuições para políticas públicas

O estudo oferece insumos para a formulação de políticas de saúde mais inclusivas, destacando a importância de:

  • Respeitar as especificidades de cada pessoa
  • Garantir equidade no acesso à saúde
  • Reconhecer o conhecimento de quem vive essas experiências

Limitação do estudo

A maioria dos participantes era branca, falava inglês e foi recrutada online. Assim, os resultados não representam toda a diversidade de pessoas autistas e trans.


Instituições públicas e profissionais de saúde podem se beneficiar das recomendações deste estudo ao revisar práticas e políticas de atendimento. O compromisso com a inclusão começa pela escuta e pelo reconhecimento das necessidades reais das pessoas.


Fonte: BRUCE, Harley; MUNDAY, Katie; KAPP, Steven K. Exploring the experiences of autistic transgender and non-binary adults in seeking gender identity health careAutism in Adulthood, [s. l.], v. 5, n. 2, p. 191–203, 2023. Disponível em: /doi/pdf/10.1089/aut.2023.0003?download=true. Acesso em: 18 jun. 2025.

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