Planos de segurança adaptados para autistas

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O conteúdo a seguir foi amplamente adaptado pela inteligência artificial GRALHA, criada por Marcia Ditzel Goulart.

Por que esse tema é importante?

Pessoas adultas autistas correm risco maior de automutilação e suicídio. No entanto, ainda não existem estratégias feitas especialmente para esse público.


Qual foi o objetivo do estudo?

O estudo de Goodwin e colaboradores (2025) quis investigar se um plano de segurança poderia ajudar pessoas autistas adultas, desde que fosse criado com a participação dessas pessoas e da comunidade autística.

O plano de segurança é um documento feito pela própria pessoa. Esse plano traz uma lista de passos para usar em momentos de distresse (estresse negativo) ou crise. Esses passos são:

  1. Sinais de alerta – como perceber que a crise pode começar.
  2. Estratégias de enfrentamento – o que pode ajudar a lidar com a crise ou situação distressante.
  3. Contatos sociais e lugares – pessoas ou espaços que podem ajudar.
  4. Amigos e familiares – quem pode apoiar.
  5. Apoio profissional – médicos, terapeutas ou outros(as) profissionais que podem auxiliar.
  6. Ambiente seguro – como reduzir riscos no espaço em que vive e frequenta.

O que os(as) pesquisadores(as) fizeram?

Foram feitas entrevistas e rodas de conversa com:

  • pessoas adultas autistas,
  • familiares,
  • profissionais que prestam serviços.

O objetivo foi ouvir opiniões sobre o Plano de Segurança Adaptado ao Autismo e como torná-lo mais útil.


Quais foram os resultados?

  • É importante que a pessoa adulta autista tenha alguém de confiança para ajudar a montar o plano.
  • O plano deve ser feito em um momento de calma.
  • Esse plano precisa ser flexível, adaptado às necessidades e preferências de cada pessoa autista.
  • As pessoas adultas autistas podem precisar de ajuda para identificar estratégias que aliviem o distresse.
  • O uso de imagens e símbolos pode facilitar a comunicação.
  • Quem oferece apoio pode sugerir ideias para favorecer a identificação de algo que pode ajudar.
  • O plano deve respeitar a preferência da pessoa autista quanto a cores, layout, texto, imagens e se será em papel ou formato eletrônico, para ser mais acessível em momentos de crise.

O que esse estudo acrescenta ao que já se sabia?

Antes, já se sabia que pessoas autistas apresentam maior risco de automutilação e suicídio do que pessoas não autistas (alísticas).
Mas ainda não se sabia se os métodos existentes, criados para pessoas alísticas, também funcionariam para autistas.
Este é o primeiro estudo a investigar se planos de segurança podem ser úteis para pessoas adultas autistas e como adaptá-los às suas necessidades.

Os resultados sugerem que o Plano de Segurança Adaptado ao Autismo pode favorecer pessoas adultas autistas que tenham pensamentos de automutilação ou suicídio.


Quais são as limitações do estudo?

A opinião de participantes da pesquisa pode não representar a opinião de todas as pessoas adultas autistas.
Por isso, é preciso fazer novas pesquisas com mais autistas.


Como esses resultados podem ajudar agora ou no futuro?

Com base nesse estudo, o Plano de Segurança Adaptado ao Autismo pode ser melhorado.
Depois, poderá ser testado em novos estudos para verificar se realmente ajuda pessoas adultas autistas em momentos de distresse.


Referência

GOODWIN, J. et al. Adapting safety plans for autistic adults with involvement from the autism community. Autism in Adulthood, [s. l.], v. 7, n. 3, p. 293–302, 2025. Disponível em: https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/aut.2023.0124. Acesso em: 15 set. 2025.

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