Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Dia Mundial da Hipertensão - 17 maio de 2021
conteúdo

Notícias

Dia Mundial da Hipertensão - 17 maio de 2021

publicado: 17/05/2021 15h47, última modificação: 17/05/2021 15h47

Meça sua pressão arterial, controle-a e viva mais!

A hipertensão afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas. É o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, especialmente doença coronariana e acidente vascular cerebral, mas também para doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demência.

A carga da hipertensão é sentida desproporcionalmente em países de baixa e média renda, onde estão dois terços dos casos em grande parte devido ao aumento de fatores de risco nessas populações nas últimas décadas.

Além disso, cerca de metade das pessoas que vivem com hipertensão desconhecem sua condição, o que as coloca em risco de complicações médicas evitáveis e morte.

A aferição precisa da pressão arterial é essencial para o diagnóstico e o tratamento adequados da hipertensão. Esta medição talvez seja o procedimento mais comumente realizado na medicina clínica e, embora pareça simples à primeira vista, a medição subótima atual leva a um impacto negativo nas decisões de manejo clínico em 20% a 45% dos casos. Avaliar o desempenho dos profissionais de saúde na medição da pressão arterial e como melhorá-la são elementos-chave de um programa de controle da hipertensão bem-sucedido.

O tema deste ano do Dia Mundial da Hipertensão da OPAS se concentra no combate às baixas taxas de consciência em todo o mundo e no fornecimento de métodos precisos de medição da pressão arterial. 

Para marcar o Dia Mundial da Hipertensão de 2021, a OPAS chama para comemorar os sucessos do HEARTS nas Américas.

HEARTS in the Americas é uma iniciativa dos países, liderada pelos Ministérios da Saúde com a participação de atores locais com a cooperação técnica da OPAS. A Iniciativa busca integrar-se de forma contínua e progressiva aos serviços de saúde já existentes para promover a adoção das melhores práticas globais na prevenção e controle de doenças cardiovasculares (DCV) e melhorar o desempenho dos serviços por meio de um melhor controle da pressão alta e da promoção de prevenção secundária com ênfase na atenção primária à saúde. 

 

Em 2025, o HEARTS será o modelo para o gerenciamento de risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão, diabetes e dislipidemia na atenção primária à saúde nas Américas. O HEARTS in the Americas será o programa de linha de frente para fortalecer, integrar e melhorar a qualidade da atenção às doenças não transmissíveis (DCNT) na atenção primária à saúde (APS) na recuperação pós-COVID 19. A iniciativa está atualmente sendo implementada em 16 países, incluindo o Brasil, com 739 centros de atenção primária à saúde participando em uma área de abrangência agregada de mais de 8 milhões de pessoas.

 

 

A hipertensão é uma doença grave que, a cada dia, leva à morte quase 400 pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A enfermidade não tem cura e faz parte da lista de comorbidades incluídas na vacinação contra a Covid-19. 

O diagnóstico da hipertensão considera a situação em que os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Para detectá-la, basta checar a pressão regularmente. 

A recomendação é que pessoas acima de 20 anos realizem o procedimento ao menos uma vez ao ano. No caso de histórico na família, deve-se medir no mínimo duas vezes nesse período.

O comportamento é um dos principais fatores relacionados ao desenvolvimento da pressão alta. Além do fator hereditário, hábitos como consumo exagerado de sal, alimentação desbalanceada e  sedentarismo contribuem para o desenvolvimento e agravamento da doença. Especialistas recomendam sete passos para redução da pressão arterial, a seguir:

1- Verifique a quantidade de sódio dos alimentos

A ingestão diária de sal recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de menos de 5g por dia, equivalente a uma colher de chá, que concentra em torno de 2g de sódio. O consumo adequado ajuda a reduzir a pressão arterial, o risco de doenças cardiovasculares, derrame e ataque cardíaco. 

2- Perca peso

Diferentes estudos apontam que perdas moderadas de peso estão associadas a melhoras nos fatores de risco cardiovascular.

3- Faça exercícios moderados

Para o cardiologista intervencionista Roberto Botelho, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), a atividade física pode ser grande aliada contra a hipertensão, desde que seja realizada de forma moderada.

4- Limite o consumo de álcool

A ingestão frequente e em excesso de bebidas alcoólicas pode aumentar a pressão arterial. De acordo com a OMS, o consumo moderado é, em média, de uma dose diária, cerca de 10 a 14g de álcool. A quantidade em mililitro (ml) pode variar de acordo com o teor alcoólico da bebida, como aproximadamente 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45ml de bebidas destiladas.

5- Estabeleça uma rotina de sono

O sono irregular é um dos elementos que contribuem para o risco cardiovascular. Segundo o cardiologista Roberto Botelho, a apneia do sono, caracterizada por roncos e obstrução das vias aéreas durante a noite, é um dos problemas relacionados ao desenvolvimento da pressão alta.

6- Pratique meditação e exercícios de respiração

O estresse pode contrair os vasos sanguíneos e levar a picos temporários da pressão arterial.

7- Use os medicamentos da forma adequada

Após o diagnóstico, os pacientes devem realizar acompanhamento médico com o objetivo de controlar a pressão arterial. Os especialistas explicam que nem todas as pessoas precisam de medicamentos, mas ressaltam que, quando necessário, o uso deve ser feito adequadamente.

Para maiores informações sobre Hipertensão arterial, acesse as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial Brasileira 2020.

Fonte: CNN Brasil; Site da OPAS; Sociedade Brasileira de Cardiologia.