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Setembro Amarelo - vamos falar sobre prevenção do suicídio

publicado: 01/09/2020 15h22, última modificação: 01/09/2020 15h22

Setembro é o mês mundial de prevenção ao suicídio, campanha mais conhecida como setembro amarelo. Este ano, em meio à pandemia da covid-19, o Setembro Amarelo chama a atenção para os impactos na saúde física e mental da população.

O Setembro Amarelo surgiu para conscientizar e alertas as pessoas sobre o suicídio. Hoje, a campanha envolve diferentes esferas da sociedade e se tornou um importante movimento coletivo para promover a saúde mental e dar suporte para quem precisa.

É uma campanha idealizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM para conscientização em relação ao suicídio, fomentando a prevenção e promoção da saúde mental

É reconhecido que falar sobre suicídio é desafiador. Principalmente quando o suicídio ainda é visto como um tabu e é uma das principais causas de mortalidade no mundo, sendo a terceira em brasileiros entre 15 e 29 anos de idade. Todos os anos, são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil e um milhão em todo o mundo. Quase 100% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, em sua maioria não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.

Para diminuir essas estatísticas, o diálogo sobre o tema é fundamental. Os especialistas alertam que as pessoas com ideias suicidas precisam verbalizar o que estão sentindo. Existe um tabu de que falar sobre o tema pode de alguma forma estimular a pessoa a tirar a própria vida, mas o suicídio tem etapas: a ideia, o planejamento e, depois, a ação. Então é benéfico que as pessoas tenham espaço para falar sobre o sofrimento, pode trazer alívio e conforto. Lembrando que também é necessário procurar ajuda especializada para acolher e encaminhar o tratamento,

Ressalta-se que as pessoas próximas podem desempenhar um papel positivo na prevenção ao suicídio. É preciso uma compreensão dos familiares e amigos quanto ao suicídio e entender que a pessoa está passando por um sofrimento. É importante conhecer as formas de ajudar e encaminhar para tratamento profissional, mas, também, procurar ajuda para si. É complexo auxiliar aqueles que estão com o pensamento de suicídio e, por esse motivo, as pessoas próximas também precisam estar bem e amparadas.

Precisamos entender que falar sobre suicídio é um imperativo e não uma forma de incentivar a prática. Dessa forma, retiramos o suicídio da categoria tabu e passamos a enxergá-lo como um problema de saúde pública que demanda medidas urgentes.

 

No Brasil, o CVV, Centro de Valorização da Vida , atende voluntária e gratuitamente aqueles que quiserem e precisarem conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), e-mail e chat 24 horas todos os dias. O centro realiza apoio emocional e prevenção.