O seguinte conteúdo, do artigo de Wood e Happé (2023), foi adaptado do texto gerado pela inteligência artificial Gralha, criada por Marcia Ditzel Goulart.
Muitos estudos já investigaram a educação de crianças e jovens autistas, além dos direitos de pessoas adultas autistas no mercado de trabalho. Mas pouco se sabe sobre professores(as) autistas.
Uma pesquisa online no Reino Unido reuniu 149 profissionais da educação autistas, incluindo docentes e demais funcionários(as) de escolas, que relataram:
Essas dificuldades atrapalham tanto entrar na profissão quanto permanecer nela.
Apesar disso, surgiram também experiências positivas. Do ponto de vista da justiça social, docentes autistas podem ser modelos importantes para estudantes autistas e ajudar na inclusão escolar.
Muitos disseram que gestores escolares não entendem o autismo nem fazem ajustes necessários. Esse foi um dos motivos para deixarem a profissão.
O ambiente físico da escola causa sobrecarga sensorial:
Isso gera exaustão ao fim do dia e até crises (meltdowns).
A falta de apoio e os problemas do ambiente aumentaram os casos de:
Algumas pessoas desistiram da profissão por considerarem o trabalho “desgastante e destrutivo”.
Docentes que trabalhavam com educação especial relataram frustração ao ver o tratamento inadequado dado a estudantes autistas. Isso também levou algumas pessoas a deixarem a área.
Muitas pessoas relataram que ser autista as ajudam a:
A pesquisa mostra uma lacuna importante: faltam estudos sobre docentes autistas.
Mesmo com leis de proteção a pessoas com condições diversamente hábeis que trabalham, a realidade mostra que esses(as) profissionais ainda não recebem apoio suficiente. Isso representa uma perda de potencial humano.
A inclusão escolar só será completa se também houver inclusão para profissionais autistas.
É preciso:
Quando bem apoiadas, essas pessoas podem:
A falta de pesquisas sobre trabalhadores(as) autistas em escolas representa uma lacuna significativa na área, que este estudo começa a abordar. Embora algumas questões, como dificuldades de comunicação e lidar com complexidades sociais, bem como aspectos positivos relacionados ao espectro autista como atenção aos detalhes, persistência e forte ética de trabalho, tenham sido destacadas na literatura mais ampla sobre autismo e emprego (Scott et al., 2017; Vincent, 2020), há escassez de estudos aprofundados sobre a natureza única do ambiente escolar.
Isso acontece apesar de pesquisas consideráveis sobre as dificuldades enfrentadas por crianças autistas nas escolas (Ashburner, Ziviani e Rodger, 2008; 2010; Brede et al., 2017) e dos direitos bem estabelecidos de trabalhadores(as) com condições diversamente hábeis (ADA 1990; CRPD [UN DESA] 2006; Autism Act 2009; Equality Act 2010). Aparentemente, a legislação isoladamente não tem possibilitado o florescimento de trabalhadores(as) autistas, resultando em “uma grande deficiência e um desperdício de potencial humano” (Hendricks, 2010, 131).
Como esperar incluir efetivamente estudantes com condições diversamente hábeis se não apoiamos a condição, diversidade e inclusão no corpo escolar? Além disso, o estudo revela a necessidade de maior consideração às necessidades de professores(as) autistas em programas de formação e da oferta de orientações para líderes escolares sobre como apoiar trabalhadores(as) neurodivergentes em todas as equipes. A preocupação com os custos da população autista e o foco nas limitações em relação ao emprego têm feito com que o potencial e as necessidades específicas de profissionais autistas recebam atenção limitada (Richards, 2012; Moore, Kinnear e Freeman, 2020).
De forma animadora, o estudo de Wood e Happé (2023) indica que, quando educadores(as) autistas são compreendidos(as) e apoiados(as), podem oferecer uma contribuição única às escolas, facilitando a inclusão de estudantes com NEED, sendo modelos para estudantes autistas e fornecendo expertise em diversas disciplinas e funções. Devemos, portanto, fazer mais para compreender, apoiar e viabilizar o recrutamento, a formação, o desenvolvimento profissional e o bem-estar dessa importante, mas até então negligenciada, população.
OBS.: O conteúdo ‘Mais detalhes sobre a pesquisa de Wood e Happé (2023)’ foi ligeiramente adaptado do artigo em questão, além de traduzido por Perplexity.
Referência:
WOOD, R.; HAPPÉ, F. What are the views and experiences of autistic teachers? Findings from an online survey in the UK. Disability and Society, [s. l.], v. 38, n. 1, p. 47–72, 2023. Disponível em: https://ndconnection.co.uk/resources/p/what-are-the-views-and-experiences-of-autistic-teachers. Acesso em: 22 ago. 2025.