O seguinte conteúdo, do artigo de Howlin (2025), foi adaptado do texto gerado pela inteligência artificial Gralha, criada por Marcia Ditzel Goulart.
O que mudou na forma de entender o autismo?
Nos últimos 10 anos, muita coisa mudou no que sabemos sobre o autismo.
Antes, autismo era visto como um distúrbio grave da infância, geralmente associado a dificuldades intensas de linguagem e pensamento.
Hoje, sabemos que:
Como pessoas autistas têm ajudado a mudar a forma de pensar sobre o autismo?
Muitas pessoas adultas autistas têm pedido que o autismo não seja mais visto como uma doença ou um defeito.
Elas dizem que o autismo é uma forma de diversidade humana — o que chamamos de neurodiversidade.
Por isso, estão questionando intervenções que tentam “corrigir” o autismo. Em vez disso, propõem que o foco seja nos fatores do ambiente (sociais, físicos e emocionais) que afetam o bem-estar.
Hoje, muitas pesquisas e intervenções são feitas em parceria entre pessoas autistas e não autistas, para criar soluções que realmente façam sentido para quem é autista.
Qual o principal desafio para pessoas adultas autistas?
Em geral, não é o autismo em si que mais dificulta a inclusão social.
O problema maior é a saúde mental.
Pessoas autistas têm mais chances de desenvolver:
Problemas de saúde física também são mais comuns, o que aumenta o risco de morte precoce.
Quais fatores afetam o bem-estar?
Muitas pessoas adultas autistas enfrentam dificuldades como:
Tudo isso piora a saúde mental.
Como as terapias psicológicas podem ajudar?
Algumas técnicas se mostraram úteis, como:
Essas abordagens ajudaram a reduzir ansiedade, obsessões, sintomas depressivos e fobia social.
Mas:
E sobre o treino de habilidades sociais?
Alguns estudos mostram melhora na compreensão emocional e na convivência com outras pessoas.
Outros não mostram melhora significativa.
Críticos dizem que esses programas focam só na pessoa autista, e não consideram que a interação social envolve a forma como as outras pessoas percebem e tratam quem é autista.
Quais abordagens têm sido usadas?
Alguns programas ajudam pessoas autistas a:
Essas ações podem:
Empregos com apoio especializado também ajudam a manter as pessoas no trabalho, com melhores salários e mais satisfação.
Esses programas ensinam empregadores a criar ambientes de trabalho amigáveis para pessoas autistas.
Quais são os desafios?
Mesmo em países ricos, o acesso a programas especializados ainda é limitado.
Depois que o programa termina, muitos serviços somem.
Algumas pessoas autistas também relatam que os programas não consideram seus objetivos pessoais.
Faltam pesquisas grandes e bem feitas para descobrir:
O que mais pode afetar o bem-estar de pessoas adultas autistas?
Outros obstáculos importantes incluem:
Essas dificuldades podem ser melhoradas com mudanças no ambiente e educação da sociedade, e não tentando mudar a pessoa autista.
O que falta para atender melhor as mulheres autistas?
Mulheres autistas precisam de mais atenção. Seus sinais de autismo podem ser diferentes dos homens.
Elas também precisam de serviços adaptados durante:
E as pessoas autistas com maior nível de dependência?
Cerca de 30% das pessoas autistas também têm:
Essas pessoas correm mais risco de sofrer abusos, discriminação e exclusão social.
Alguns estudiosos propuseram o termo “autismo profundo” para destacar as pessoas com necessidades mais intensas de apoio.
Esse termo é criticado por parte do movimento da neurodiversidade, mas ajuda a mostrar que algumas pessoas adultas vivem situações muito graves.
O que pode ser feito?
É urgente:
O que é um cuidado de qualidade?
Segundo pesquisadores autistas, um bom atendimento para pessoas adultas deve incluir:
Cada pessoa tem necessidades diferentes.
Por isso, o apoio deve ser personalizado e disponível ao longo de toda a vida.
Considerações finais
Este texto mostra que o cuidado com pessoas adultas autistas precisa mudar.
Mais do que mudar quem é autista, é preciso mudar o ambiente e a forma como a sociedade se relaciona com essas pessoas.
Elas devem participar da construção das políticas e serviços que lhes dizem respeito.
Referência:
HOWLIN, P. Changing approaches to interventions for autistic adults. World Psychiatry, [s. l.], v. 24, n. 1, p. 131–132, 2025.