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Atletas apoiados pela UFPB conquistam medalhas de ouro e prata nos Jogos Parapan-Americanos 2023

publicado: 28/11/2023 16h02, última modificação: 28/11/2023 16h33
Servidores da UFPB fizeram parte da comissão técnica brasileira na competição internacional

Foto: Divulgação

Entre os dias 17 e 23 de novembro a cidade de Santiago, no Chile, sediou a edição 2023 dos Jogos Parapan-Americanos, no qual as equipes brasileiras competiram em 17 modalidades. Dentre os membros da delegação estiveram em Santiago os recordistas mundiais Petrúcio Ferreira dos Santos e Cícero Valdiran Lins, competidores do atletismo que treinam nas dependências da UFPB, além de dois servidores da Instituição, o técnico Pedro de Almeida e o fisiologista Alexandre Sérgio Silva.

Na competição Petrucio Ferreira foi medalhista de ouro e estabeleceu recorde Parapan-Americano nos 100 metros T47, com o tempo de 10 segundos e 34 centésimos. Petrucio também conquistou a medalha de prata no revezamento 4x100m misto T42-47.

"Estou feliz de ter me tornado tricampeão parapan-americano e ir ao Chile após 10 anos de ter começado minha carreira de atleta, pois minha primeira convocação pela seleção foi para uma competição que ocorreu em Santiago. Voltar lá representando o país e conseguir mais um título me deixa muito feliz, e  fico agradecido pelo espaço cedido pela UFPB, a pista de atletismo onde a gente trabalha, onde a gente treina, que acaba sendo nossa segunda ou primeira casa, então me faltam palavras para descrever a alegria", disse Petrucio Ferreira.

Cícero Valdiran Lins Nobre conquistou medalha de ouro na prova de Lançamento de dardo F57, sagrando-se recordista para Parapan-Americano com a marca de 49 metros e 82 centímetros.

Os dois atletas são treinados pelo servidor Pedro de Almeida Pereira, mais conhecido como Pedrinho. Ele é Técnico em Educação Física na UFPB, onde desenvolve o projeto “Formação de Atletas para o Atletismo Escolar e Universitário”, por meio do qual possibilita o treinamento e acompanhamento técnico a 25 paratletas e 7 atletas do atletismo olímpico, na pista da Instituição.

Atualmente os treinamentos com os paratletas fazem parte de uma parceria entre Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Instituto dos Cegos da Paraíba e UFPB, com o apoio da Reitoria e por meio de ações de extensão universitária.

Pedrinho, que esteve em Santiago acompanhando os atletas, falou sobre a atuação como treinador na UFPB e a emoção de ajudar os competidores a alcançar resultados tão significativos para o país.

“O significado para minha vida é grande, na medida em que a gente realiza, primeiro, o sonho pessoal, e, segundo, como servidor, o sonho institucional relacionado diretamente com as funções da Universidade. No caso específico do nosso projeto, estou falando do trabalho enquanto serviço de extensão do DEF e da UFPB, da contribuição dele para o ensino e as pesquisas que são desenvolvidas na Instituição”, disse o treinador.

Alexandre Silva foi outro servidor da UFPB que fez parte da delegação brasileira no Parapan de Santiago. Docente do Departamento de Educação Física, Alexandre é fisiologista da Confederação Brasileira para Desportos de Deficientes Visuais e atuou, principalmente, junto às seleções de futebol de cegos, também prestando apoio às equipes de judô e goalball.

O professor comemorou o bom desempenho dos atletas apoiados por ele, enquanto fisiologista. A equipe de futebol de cegos masculina ganhou medalha de ouro após uma partida final contra a Colômbia. Já os atletas do judô obtiveram 14 medalhas, firmando a melhor participação do Brasil em Parapans, na modalidade. E as equipes de Goalball masculina e feminina obtiveram medalha de ouro e bronze, respectivamente.

“É uma emoção intensa representar o país e ser medalhista com as equipes que apoio, sensação de realização grande e certo orgulho da gente da UFPB marcar presença no esporte de alto nível, do ponto de vista social por ser esporte paralímpico, e do ponto de vista esportivo por ser o mais alto nível do desporto”, disse o docente.

Ele que atua como fisiologista para a equipe nacional de futebol de cegos desde 2018 já vivenciou a experiência de vitórias em campeonatos mundiais, copa-américa, parapan-americanos e paralimpíadas, relata que a experiência também contribui muito com as atividades que desempenha no curso de Educação Física, e agradece o apoio da Reitoria e do Departamento em que atua.

“É uma realização profissional e um orgulho como professor da Universidade. No curso de Educação Física, ministro a disciplina de treinamento desportivo e de fisiologia, e nas competições consigo estar na prática de tal modo que quando vou dar aula não falo apenas baseado em livro. A gente investiga treinamento desportivo e fisiologia como pesquisador, dá aula de treino desportivo e fisiologia, e acaba aplicando os conhecimentos no alto rendimento do desporto mundial”, disse o docente.

Parapan Histórico

A delegação brasileira fez história nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Com as 343 medalhas conquistadas - distribuídas em 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes - na capital chilena, o Brasil superou os 308 pódios de Lima 2019 e estabeleceu a marca de melhor campanha na história da competição.

Com os recordes e a liderança no quadro geral de medalhas, o Brasil manteve a hegemonia Parapan-Americana: desde os Jogos do Rio 2007, o país sempre terminou a competição em primeiro lugar. As modalidades que mais contribuíram em número de pódios foram a natação, com 120, e o atletismo, com 83.

Confira todos os medalhistas do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

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Texto: Elidiane Poquiviqui
Edição: Aline Lins
Fotos: Divulgação
Ascom/UFPB