Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Laboratório da UFPB alerta sobre os limites da inteligência artificial
conteúdo

Notícias

Laboratório da UFPB alerta sobre os limites da inteligência artificial

Geralmente úteis, aplicações também podem impulsionar disparidades sociais
publicado: 19/12/2019 20h13, última modificação: 19/12/2019 20h12
Estudos são realizados no Centro de Informática, no campus I, em João Pessoa. Crédito: Divulgação

Estudos são realizados no Centro de Informática, no campus I, em João Pessoa. Crédito: Divulgação

Laboratório de Aplicações de Inteligência Artificial (Artificial Intelligence Applications – ARIA) do Centro de Informática (CI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tem alertado, sobretudo em seu perfil no Instagram, acerca dos limites da inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software.

Nesse sentido, a utilização de diversos textos é essencial para "ensinar" as máquinas a interagirem com os seres humanos se passando por um deles. Isso é possível porque a aprendizagem ocorre através da experiência.

De acordo com a professora e uma das colaboradoras do ARIA, Thaís Gaudêncio, a máquina aprende o padrão do discurso a partir da frequência, percebendo que palavras surgem próximas umas das outras e associando perguntas (mais fáceis de controlarem por causa do sinal gráfico de interrogação) com suas respostas (que vêm logo em seguida a esse sinal).

Outras discussões presentes no laboratório distinguem que o uso do reconhecimento de emoções por máquinas pode ampliar as disparidades de raça e gênero (é usado, por exemplo, para avaliar candidatos a empregos e pessoas suspeitas de crimes) e que é possível utilizar um sistema para o controle de veículos em semáforos com um fluxo de vídeo que o processa utilizando visão computacional (possibilita a abertura de semáforos na presença de ambulâncias e carros de polícia).

“Atuamos muito na construção de aplicações, como também na formação de profissionais sobre o assunto. Vários alunos dos professores coordenadores já atuam em grandes empresas, na área de IA, da Paraíba e fora dela”, afirma Gaudêncio.

O laboratório conta com mais de cinco docentes da área de Inteligência Artificial e de afins. Há alunos de graduação e pós-graduação, totalizando mais de 30 estudantes. Trabalham em parceria com outros departamentos da UFPB, como o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e o Centro de Ciências Médicas (CCM).

Também com instituições do Brasil e de fora, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade do Chile e a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. E em parceria com outros órgãos, como Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e Receita do Estado da Paraíba.

Jonas Vieira | Ascom/UFPB