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Pesquisa da UFPB melhora aptidão física de adolescentes com síndrome de down

Percentual de massa magra aumentou significativamente
publicado: 26/06/2019 19h11, última modificação: 28/06/2019 15h53
Participaram do estudo 14 adolescentes de João Pessoa. Crédito: Divulgação

Participaram do estudo 14 adolescentes de João Pessoa. Crédito: Divulgação

Um programa de intervenção na educação física de 14 adolescentes com Síndrome de Down, residentes na cidade de João Pessoa e participantes do projeto “Escolinha + Movimento”, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), melhoraram significativamente o percentual de massa magra e as capacidades cardiorrespiratórias, de força, de velocidade e de agilidade.

Aplicada durante seis meses, os resultados da pesquisa, intitulada “Aptidão física de adolescentes com Síndrome de Down: um estudo de intervenção de 6 meses com acompanhamento longitudinal a 1 ano”, foram observados após o mesmo período e depois de um ano sem intervenção, algo inédito até então.

Orientada pela professora do Departamento de Educação Física da UFPB Clarice Maria Martins, a investigação científica foi realizada pela pesquisadora Dafne Macêdo, no âmbito do Programa Associado de Pós Graduação em Educação Física (UPE/UFPB).

Segundo Macêdo, a Síndrome de Down é ocasionada por uma desordem genética conhecida por trissomia 21, que gera distintos problemas de saúde e, consequentemente, níveis muito baixos de aptidão física. Considerada um importante marcador de saúde, a aptidão física é, também, fator fundamental para o envolvimento contínuo em atividades físicas ao longo da vida.

“Adolescentes com Síndrome de Down apresentam prevalência de obesidade maior que a observada na população em geral, com valores entre 30 e 50% e estão mais suscetíveis às morbidades associadas à obesidade e à falta de exercício físico em virtude de suas habilidades cognitivas limitadas, maior propensão ao ganho de peso corporal e desafios com a coordenação motora”, explica na dissertação.

À medida que os exercícios físicos e as orientações nutricionais foram evoluindo, a aptidão física dos adolescentes foi avaliada através da Densitometria por dupla emissão de raio-x, técnica usada para avaliar composição corporal, e de testes físicos constituintes das baterias Assessing Levels of Physical Activity (ALPHA) e Koordinations Test für Kinder (KTK).

A “Escolinha + Movimento”, composta apenas por adolescentes com Síndrome de Down, população do estudo, foi criada em 2015. Ela é um desdobramento do projeto de extensão “Escolinha do Movimento”, oferecido pelo Departamento de Educação Física da UFPB, que conta com a participação de aproximadamente 100 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Mais informações por meio do telefone (83) 3216.7030.

Ascom/UFPB