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Pesquisador da UFPB vence 1° Torneio de Cão Policial da Paraíba

Animal treinado auxilia polícia na busca de drogas, armas e pessoas mortas
publicado: 23/08/2019 19h51, última modificação: 23/08/2019 20h14
Tarsys Veríssimo cursa doutorado em Comportamento e Bem-estar Animal, em Areia. Crédito: Divulgação

Tarsys Veríssimo cursa doutorado em Comportamento e Bem-estar Animal, em Areia. Crédito: Divulgação

Com a ajuda de Kira, única cadela da competição, pertencente à raça Pastor Belga Malinois e com três anos de idade, o zootecnista e doutorando em Comportamento e Bem-estar Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Tarsys Veríssimo desbancou oito adversários e se consagrou campeão do 1° Torneio de Cão Policial da Paraíba, realizado no Parque de Exposições de Campina Grande, no Agreste do Estado.

“Treino a Kira desde quando ela tinha dois meses. O treinamento de guarda e de proteção, hoje, é um hobby pra mim. Sou um fã dessa raça espetacular. Comecei a treiná-la com o objetivo de fazer a minha guarda e da casa onde moro, uma vez que eu precisava fazer caminhadas noturnas na época em que a adquiri”, conta Veríssimo.

Com a rápida evolução da cadela e o aperfeiçoamento na área, ele começou a almejar participar de algumas competições. “Mesmo sendo uma cadela de guarda, é o meu xodó. Eu treino na minha residência, na maioria das vezes. Quase nunca vou ao campo de futebol do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, onde estudo, ou ao canil do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de Campina Grande, para treinar com os meus colegas policiais. Geralmente faço um treino por semana, por conta da tese”.

Tarsys Veríssimo trabalha na linha de pesquisa “Bioclimatologia, Etologia (comportamento) e Bem-estar Animal”. Atualmente, está desenvolvendo estudo sobre termorregulação de cães da raça Husky Siberiano, criados no Brasil, onde fará avaliações do comportamento e variáveis fisiológicas em diferentes temperaturas. Ele é adestrador e comportamentalista de cães também, além de membro efetivo do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB).

Genética especial

Segundo o organizador do torneio e policial Jefferson Alves, há oito anos na Polícia Militar do Estado da Paraíba, dois quais cinco no canil da corporação, a competição foi criada para motivar policiais e adestradores a competir e expor seus trabalhos, assim como buscar um cão com genética compatível às habilidades de um cão policial.

“Os treinos com cães podem nos auxiliar em muitos setores, como o residencial; na guarda territorial, na proteção de condutor, cão de companhia, cão de busca de drogas, armas, explosivos, pessoas perdidas, mortas, soterradas; na identificação de doenças, entre outras finalidades”.

A receptividade ao evento foi tão positiva que, em novembro, haverá uma edição em Fortaleza, no Ceará. “No ano que vem, estamos organizando uma Liga para o Nordeste, na qual as etapas serão sediadas em cada um dos Estados”, adianta. O juiz do torneio foi o sargento reformado da Polícia Militar de São Paulo Gilson Alves, conhecido na América Latina pela atuação nas provas brasileiras e como adestrador de cães policias.

De acordo com Jefferson, este tipo de competição é aberto ao público que adestra e até mesmo a quem cria cães em suas casas. “O perfil é de condutores ou tutores de cães de guarda”. Nesta edição paraibana, os participantes deram uma contribuição de R$ 100 reais. Já o público doou alimentos não perecíveis e ração. No total, foram arrecadados 102 kg de alimentos. “A doação era voluntária. Esses alimentos serão destinados a instituições de caridade”.

Ascom/UFPB