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Professora da UFPB participa da organização de livro sobre luta antimanicomial e feminismo

Obra integra 3º volume da coleção “Luta Antimanicomial e Feminismos”, da Editora Autografia
publicado: 11/09/2020 18h30, última modificação: 11/09/2020 18h30
A professora Ludmila Cerqueira, do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPB, é uma das organizadoras do livro “Luta Antimanicomial e Feminismos: formação e militâncias”, lançado nesta quinta (10). Crédito: Danielle Fróes

A professora Ludmila Cerqueira, do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPB, é uma das organizadoras do livro “Luta Antimanicomial e Feminismos: formação e militâncias”, lançado nesta quinta (10). Crédito: Danielle Fróes

A professora Ludmila Cerqueirado Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba, participou da organização do livro “Luta Antimanicomial e Feminismos: formação e militâncias”. 

A obra é um desdobramento da produção de ações de extensão e encontros semanais nas cidades do Rio de Janeiro e João Pessoa, em abril e agosto do ano passado, a partir de uma parceria entre a Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Grupo de Pesquisa e Extensão Loucura e Cidadania (LouCid) da federal paraibana.

“Nosso livro faz parte do terceiro volume da coleção “Luta Antimanicomial e Feminismos”, da Editora Autografia. Ele reúne textos construídos a partir da realização de edições do curso de extensão “Luta Antimanicomial e Feminismos: discussões de gênero, raça e classe para a Reforma Psiquiátrica Brasileira”, promovidas no Rio de Janeiro, João Pessoa e Ribeirão Preto (SP)”, conta Ludmilla.

Os cursos reuniram extensionistas, professoras, militantes, profissionais, usuárias de serviços de saúde e de outras políticas sociais, familiares, pesquisadoras e artistas. “Impulsionado por estas experiências, o Conselho Regional de Serviço Social de Ribeirão Preto (SP) disparou a proposta e o curso também aconteceu nesta cidade, no mês de outubro”, relata a professora da UFPB.

O livro é dividido em três partes que promovem discussões sobre manicomialização, medicalização, sistema de justiça, demandas referentes ao uso de álcool e de outras drogas e interseccionalidades de gênero, raça, classe, orientação sexual e território.

“Em sua maioria, os textos apresentam coletivos e movimentos sociais, relatando iniciativas e experiências de mulheres, regiões e contextos diversos, a partir de uma linguagem dialógica, mais próxima da oralidade e mais distante do formato acadêmico, tentando preservar o caráter dos cursos”, explica Ludmilla. 

Ela destaca que existe um capítulo que traz a experiência do Grupo de Pesquisa e Extensão Loucura e Cidadania (LouCid) da UFPB, a partir das suas ações de extensão voltadas à garantia de direitos das mulheres com transtornos mentais em conflito com a lei.

O primeiro volume da coleção trouxe o debate sobre a preocupação com o agravamento do cenário político brasileiro e a intensificação dos ataques à classe trabalhadora, especialmente àqueles historicamente oprimidos, como mulheres, negros, indígenas, quilombolas, favelados, gays, lésbicas, travestis, pessoas com deficiências e sofrimentos psíquicos diversos. 

“Infelizmente, as medidas apenas se agravaram, com grandes perdas nas políticas públicas, nos direitos duramente conquistados e nos serviços de saúde, proteção social e em toda a rede de educação”. 

Já o segundo volume da coleção apontou a importância da construção de alternativas e fazeres coletivos entre mulheres, a partir do compartilhamento das realidades e experiências. “A realização do curso “Luta Antimanicomial e Feminismos: discussões de gênero, raça e classe para a Reforma Psiquiátrica Brasileira” foi um importante aposta nesse sentido”, afirma Ludmilla. 

A professora da UFPB frisa que a publicação deste terceiro volume da coleção tem o intuito de trazer grande contribuição para estudantes e professores da UFPB. “Compreendemos que em tempos de graves ataques à produção de conhecimento e à universidade pública brasileira, esta produção traz a construção de processos formativos críticos que visam transformar a realidade, colaborando, assim, com a formação de profissionais que atuem na perspectiva da garantia de direitos”. 

Também participaram da comissão organizadora do livro Melissa de Oliveira Pereira, Rachel Gouveia Passos, Adelle Nascimento e Olívia Maria de Almeida. A live promovida para o lançamento da obra, nesta quinta (10), está disponível no YouTube. A publicação pode ser adquirida no site da Editora Autografia 

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB