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Rede Intelicidades apresenta propostas para disfunções urbanas em João Pessoa

A Rede Intelicidades, uma ação articulada entre pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Escola do Legislativo da Câmara Municipal de João Pessoa, apresentou nove propostas tecnológicas para disfunções urbanas da capital paraibana, na tarde de 28 de fevereiro, no auditório do Centro de Tecnologia (CT) da universidade, no campus I, em João Pessoa.
publicado: 08/03/2018 10h59, última modificação: 05/04/2019 16h21

A Rede Intelicidades, uma ação articulada entre pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Escola do Legislativo da Câmara Municipal de João Pessoa, apresentou nove propostas tecnológicas para disfunções urbanas da capital paraibana, na tarde de 28 de fevereiro, no auditório do Centro de Tecnologia (CT) da universidade, no campus I, em João Pessoa. 

Entre as soluções exibidas, estão o Aplicativo Go Green, da professora do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR) Mônica Carvalho, que ajuda o usuário a viver uma vida “verde”, e um Sistema de detecção de sirenes para condutores com deficiência auditiva, por meio de redes neurais artificiais, elaborado pelo docente José Maurício R. de S. Neto, também do CEAR. 

Foram expostos, ainda, o aplicativo Jampa Educ, da professora do Centro de Educação (CE) Lebiam Tamar, que pretende oferecer aos usuários um mapeamento das escolas mais próximas à residência do cidadão que procura unidade de ensino para matricular o filho; o projeto Intercidades - Abrigos de ônibus inteligentes, do professor Departamento de Engenharia de Produção da UFPB Marcelo de Gois Pinto; e o Lisa - Lixeira Seletiva Automática, do pesquisador Alexandre Magno. 

Pesquisas em desenvolvimento também foram apresentadas: “O exercício da cidadania no mundo da tecnologia - um estudo de caso da plataforma digital Colab.re”, de Pedro Chaves e Tathiana Alcón; o Projeto Cidades Qualificadas, de Rodrigo Almeida dos Santos, da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social na Paraíba (Dataprev/PB); o Observatório de Start Up de João Pessoa, do professor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) Miguel Maurício Isoni; e o projeto Cidades Inteligentes Totalmente Integrais, Eficientes e Sustentáveis, do docente do CEAR Yuri Percy. 

Após as apresentações, o professor do Departamento de Engenharia de Produção da UFPB Fábio Morais coordenou debate sobre as inovações tecnológicas. Lançada em dezembro do ano passado, na Câmara de João Pessoa, esta é a segunda vez que a Rede é apresentada publicamente. Através de fóruns multidisciplinares, os gestores, legisladores, pesquisadores, empreendedores e demais interessados discutiram soluções que possibilitarão à cidade funcionar de um modo mais inteligente e sustentável, em áreas como a mobilidade urbana, a segurança e a educação, por meio do uso das tecnologias digitais e do engajamento da sociedade.

 

Otimismo 

Ao exibir o projeto, a professora Lebiam Tamar expôs dados preocupantes, divulgados em 2014, pelas Nações Unidas: “já são quatro bilhões de pessoas vivendo nas grandes cidades. Este número deve chegar a seis bilhões em 2050. Ou seja, 65% da população mundial. A cada ano, oito cidades alcançam as proporções de Londres, na Inglaterra”. 

Especificamente sobre a cidade de João Pessoa, a docente informou que, em 2016, a frota de automóveis, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), era de quase 200 mil veículos para uma população de cerca de 800 mil pessoas, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Apesar das estatísticas alarmantes, devido à falta de estrutura dos centros urbanos para atender às demandas da população, os integrantes da Rede Intelicidades estão otimistas diante das possibilidades de aplicação de tecnologias digitais no cotidiano. Para o vice-presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Lucas de Brito, o futuro está no compartilhamento da propriedade privada, com uso máximo do bem, a fim de evitar desperdício, a exemplo do Airbnb, serviço online de reserva de acomodações para hospedagem. 

O vice-diretor do CEAR Euler Tavares destacou a falta de interesse de alguns gestores públicos e parabenizou o envolvimento dos vereadores da capital. “Quando estudei na França, um aplicativo me informava a hora exata na qual o ônibus passaria na parada. Ao voltar para Campina Grande, tentei criar um parecido. Depois de muitas reuniões e de tempo e dinheiro investidos, a ideia não evoluiu”, relatou. 

O professor universitário e empreendedor Vinnie de Oliveira rememorou a criação, no final do ano passado, do Polo Tecnológico de João Pessoa, que tem concepção semelhante à da Rede. Com o apoio da UFPB, o Polo de Tecnologia Extremo Oriental das Américas (Extremotec) tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica e da inovação na capital paraibana.

 

Fonte: ACS | Pedro Paz