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UFPB debate reforma da previdência

A economista e professora Maria Conceição Sampaio participa do Fórum Universitário

publicado: 08/04/2019 15h06, última modificação: 09/04/2019 16h06
Crédito: Divulgação

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A segunda edição do Fórum Universitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) neste ano debaterá mitos e fatos sobre a previdência social brasileira na próxima quarta-feira (10), a partir das 9h, no Auditório da Reitoria, no campus-sede, em João Pessoa. A economista e professora da instituição Maria Conceição Sampaio será a responsável pela conferência.

Ao longo de sua apresentação, a especialista desmistificará cinco narrativas: “A previdência faz parte da seguridade social, que não é deficitária. Logo, o déficit não existe”; “Confusão entre expectativa de vida e sobrevida”; “A reforma da previdência prejudica os mais pobres”; “Se o governo cobrasse os devedores da previdência, não haveria necessidade de reforma”; e “O défice da previdência é conjuntural e não estrutural. Se a economia voltar a crescer, a previdência se equilibrará”.

Segundo a economista, a conta da previdência é deficitária; o tempo de gozo da aposentadoria depende da expectativa de sobrevida e não da expectativa de vida ao nascer; a reforma reduz privilégios e preserva os mais pobres; mesmo se a inadimplência fosse zerada, ainda haveria défice; no período de 2005 a 2008, houve um crescimento excepcional das receitas da União, da ordem de 8,8% ao ano. Isso decorreu, de acordo com a pesquisadora, devido à alta de preços nas commodities exportadas pelo Brasil e à formalidade do emprego.

Sampaio afirma ainda que o défice do Tesouro é causado integralmente pela previdência e que fatores como demografia, regras frouxas de aposentadoria e benefícios generosos e atrelados à evolução do salário mínimo são o que está por trás disso. Para a docente, quase todos concordam com a necessidade de uma reforma da previdência e que qualquer proposta deve corrigir distorções das regras atuais e garantir trajetória sustentável do gasto público.