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UFPB propõe que residentes façam teleatendimento durante pandemia

Serviço poderá beneficiar 60 mil pessoas em João Pessoa
publicado: 27/07/2020 21h36, última modificação: 27/07/2020 21h36
Se aprovada, ação abrangerá oito Unidades Básicas de Saúde de dois distritos sanitários da capital paraibana. Foto: Angélica Gouveia

Se aprovada, ação abrangerá oito Unidades Básicas de Saúde de dois distritos sanitários da capital paraibana. Foto: Angélica Gouveia

O Departamento de Promoção de Saúde do Centro de Ciências Médicas (CCM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) disponibilizou proposta para organizar o teleatendimento durante o período de pandemia da Covid-19, na rede de saúde da família de João Pessoa. 

De acordo com o documento, a iniciativa abrangerá oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital paraibana. O objetivo é direcionar a cobertura médico-hospitalar para aproximadamente 60 mil habitantes de dois distritos sanitários de João Pessoa.  

A equipe que elaborou a proposta é composta pelos professores da UFPB André Luis Carvalho e Dilma Oliveira, pela médica-residente Erika Ribeiro e pelo instrutor Gabriel Nobre. Também conta com representantes da prefeitura municipal e de outros instrutores da universidade.  

Segundo o professor André Luis Carvalho, as unidades de saúde devem se estruturar para teleatendimento em três modalidades: pacientes com síndrome gripal, por demanda espontânea sobre atendimentos e orientações e na busca de pessoas com problemas crônicos degenerativos. 

“As UBS são lugares onde atuam médicos-residentes em Medicina de Família e Comunidade da UFPB. O teleatendimento não se restringe a profissionais vinculados às demandas patológicas agudas (médico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem). Toda a equipe pode se estruturar para realizar funções de forma multi-inter-profissional”, explica. 

Para o professor da UFPB, estruturadas a partir dos protocolos oficiais de saúde, as consultas por teleatendimento nas unidades de médico-sanitárias possibilitam a atuação de distintos profissionais. Por exemplo, odontólogos, farmacêuticos e psicólogos podem construir teleatendimentos específicos e participar dos que já existem. 

“O teleatendimento pode se organizar em mais de uma modalidade. Além da Covid-19, abrange a demanda espontânea e usuários pertencentes a grupos estratégicos, como gestantes, idosos, hipertensos, diabéticos e usuários com transtorno mental”, reforça André. 

Entre as ações recomendadas pelo departamento da UFPB, os profissionais das unidades de saúde devem estudar o prontuário dos pacientes com antecedência. Os propósitos são fazer uma checagem sobre doenças (com avaliação do risco e vulnerabilidades dos usuários), listar os medicamentos utilizados e verificar exames que foram solicitados para cada paciente. 

Outra medida apontada pelo documento da UFPB diz respeito à realização de capacitações sobre comunicação à distância. A ação tem o objetivo de possibilitar segurança para o atendimento dos profissionais e integrar as informações que serão repassadas aos pacientes pelas unidades de saúde.   

A professora Dilma Oliveira conta que a atenção à saúde deve ter como base as necessidades dos usuários e respeitar a integralidade do cuidado. Ela ressalta que o atendimento clínico à distância deverá ser realizado diretamente entre o profissional de saúde e o paciente. 

“Faz-se necessário construir um protocolo de teleatendimento em que esteja pactuado um sistema de informação e fluxos dos atendimentos. Neles, devem constar dados como fichas para cada agravo e com os nomes das pessoas a ser atendidas; e planilhas de registros das teleconsultas planejadas, com prioridades, necessidades de consultas presenciais ou de encaminhamentos”, argumenta. 

A proposta de oferta para teleatendimento durante a pandemia da Covid-19, elaborada pelos representantes da UFPB, almeja também dar andamento aos cuidados oferecidos na rede médico-sanitária. O grupo pretende levar orientações para que os usuários das unidades básicas de saúde de João Pessoa possam procurar consultas apenas no momento adequado e evitar aglomerações.  

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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB