Notícias
Núcleo de Educação Especial da UFPB promove debate online sobre métodos de ensino virtual
O Núcleo de Educação Especial – Setor Braille e o Comitê de Inclusão e Acessibilidade da Universidade Federal da paraíba (UFPB) realizarão o primeiro webinário deste ano com o tema “O estudante com deficiência visual no Ensino Superior: práticas docentes em tempos de EaD”.
O debate será nesta quinta-feira (30), às 16h, por meio da plataforma digital Jitsi Meet. Interessados devem se inscrever pelo formulário e obterão convite para acesso. Mediarão a discussão a professora Adenize Queiroz e a transcritora e revisora de textos braile Dina Melo.
No bate-papo, serão debatidas propostas para adaptar o conteúdo acadêmico aos 29 estudantes cegos e com baixa visão atendidos pelo núcleo da UFPB.
“Queremos sensibilizar os professores sobre as metodologias adaptadas para o ensino das pessoas com deficiência visual. Mensuramos o conhecimento deles a respeito desses métodos e vamos estimular o desenvolvimento de ações em prol do melhor aprendizado dos estudantes”, destaca Dina.
Para a transcritora da UFPB, com as aulas em formato virtual, há uma necessidade de abordagem diferenciada e é preciso obter na formação profissional conhecimentos sobre a estrutura de ensino e aprendizagem a alunos com deficiência.
“A abordagem tem que ser de modo direcionado e o mais didático possível às necessidades de aprendizado dos estudantes. Há falta de acesso nas licenciaturas e isso acaba gerando exclusão”, adverte.
O objetivo da discussão online é reforçar os procedimentos de ensino para discentes com deficiência visual “a fim de que eles possam ter acesso a aulas com docentes motivados ao ensino de conteúdos adaptativos”.
A maior parte desses estudantes na UFPB faz parte do Centro de Educação (CE), mas há alunos dos centros de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e de Ciências da Saúde (CCS).
De acordo com a professora Adenize Queiroz, que tem deficiência visual e coordena o Grupo de Trabalho de Acessibilidade Pedagógica da UFPB, “é preciso esclarecer aos professores como estes alunos manejam as tecnologias assistivas, quais desafios e dificuldades encontram e como obter, na relação com seus professores, o melhor proveito possível”.
A professora acentua ainda que, diante da suspensão temporária de bolsas para aluno apoiador, “o docente e as tecnologias assistivas serão as únicas possibilidades de mediação entre o estudante com deficiência e os conteúdos”.
Ascom/UFPB