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Professores da UFPB assumem cargo em Ministérios e recebem voto de aplauso no Consuni

publicado: 01/06/2023 13h44, última modificação: 01/06/2023 13h44
Os docentes atuarão no Ministério da Educação e Ministério dos Direitos Humanos

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovou por unanimidade, em reunião nesta quarta-feira (31), votos de aplauso aos professores Eduardo Fernandes de Araújo, do Departamento de Ciências Jurídicas (DCJ) do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e Candida Souza, do Departamento de Fundamentação da Educação (DFED) do Centro de Educação (CE). Os docentes foram convidados pelo Governo Federal a assumir cargos no Ministério da Educação e no Ministério dos Direitos Humanos, respectivamente.

O voto de aplauso ao professor Eduardo Araújo foi proposto pelo Reitor Valdiney Gouveia após o comunicado da diretora do CCJ, professora Anne Augusta, sobre a nomeação do docente. No caso da da professora Candida Souza, a propositura do voto de aplauso partiu do professor Roberto Rondon (DFED/CE).

Eduardo Araújo assume no MEC a Coordenação-Geral de Educação Étnico-racial e Educação Quilombola, da Diretoria de Políticas de Educação Étnico-racial e Educação Escolar Quilombola, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão.

Bacharel em Direito, Especialista em Direitos Humanos e Mestre em Ciências Jurídicas, o professor tem experiência e produção no ensino, na pesquisa e na extensão em direitos humanos com ênfase em sociologia jurídica, história e memória dos movimentos sociais do campo no Brasil, educação antirracista e direito quilombola.

Na UFPB, atua desde 2009 e foi Fundador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) em 2012, além de pesquisar e trabalhar em suas produções acadêmicas temas como pedagogias críticas, diáspora africana, literatura afro-brasileiras, religiões afro-indígenas, acesso à terra e território, ancestralidades, indigenismo, quilombismo e mobilização por direitos humanos.

Eduardo também é integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde (UFRPE); do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Decolonialidades e Movimentos (UFPB) e da Rede de Apoio à Comissão Camponesa da Verdade. Compõe, ainda, o Coletivo de Assessoria Jurídica Popular "Joãozinho do Mangal" da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Candida Souza assume cargo na Coordenação-Geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) da Diretoria de Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Psicóloga, especialista em gestão universitária, mestre em psicologia, e doutora em em Psicologia do desenvolvimento escolar, a professora tem experiência em Educação em Direitos Humanos, processos de escolarização e criminalização de adolescentes, prevenção e combate à tortura e interface entre políticas públicas e movimentos sociais.

Na UFPB, a professora que atua desde agosto de 2022 desenvolve, junto ao professor Timothy Ireland, do Departamento de Metodologia da Educação, o projeto de extensão “Cartas, palavras e conversas entre-nós”, que possibilita a remissão de pena pela leitura de pessoas cumprindo pena de privação de liberdade na Unidade Penal na Penitenciária de Segurança Máxima Dr. Romeu de Abrantes, em João Pessoa; um projeto de educação em direitos humanos. 

Candida Souza também é integrante e fundadora do Observatório da População Infantojuvenil em Contextos de Violência; foi membro do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos e do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura; foi Coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcos Dionísio; presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do RN e conselheira do Conselho de Direitos Humanos e Cidadania do RN.

Na reestruturação da coordenação do PPDDH, que existe desde 2007, Candida pretende atuar acompanhando os casos de riscos e ameaças dos defensores de direitos humanos, no planejamento e ações de segurança para os defensores de direitos humanos e na divulgação do programa junto à população.

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Reportagem: Elidiane Poquiviqui
Edição: Aline Lins
Foto: Angélica Gouveia