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Projeto de Extensão da UFPB oferta curso de português a refugiados e imigrantes

publicado: 28/03/2023 16h43, última modificação: 28/03/2023 16h43
Inscrições vão até o dia 31 de março

Foto: Angélica Gouveia

A Universidade Federal da Paraíba está disponibilizando, gratuitamente, um curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para migrantes e refugiados. A iniciativa é uma das ações do Projeto de Extensão ‘Refugiados e Migrantes na Paraíba: acolher e integrar’, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM), vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis no portal público do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) ou por um formulário online, até o dia 31 de março. A formação tem duração de 30h, com direito a certificado, e ocorre de forma remota.

O projeto atualmente conta com seis turmas com capacidade para até doze alunos cada, mas é possível que outros grupos sejam formados ainda durante este semestre. Quatro destas turmas são destinadas a estudantes que falam espanhol e uma para os falantes de inglês.

“Estamos abrindo também um grupo específico para chineses. Sabemos que, além da questão da língua, essas pessoas têm inclusive de se adaptar ao alfabeto da língua portuguesa, o que muda completamente a dinâmica da sala de aula”, explica a professora Juliana Luna Freire, coordenadora do curso.

O curso atende a pessoas adultas, de qualquer nacionalidade, com aulas nos turnos vespertino e noturno. Há turmas para os níveis básico, intermediário e avançado.

De acordo com Juliana, há uma grande diversidade na nacionalidade destes alunos. Os venezuelanos constituem grande parte do grupo por causa de atividades de interiorização destes migrantes por todo o território nacional, em razão da crise econômica na Venezuela, mas há estudantes de outras nacionalidades latinoamericanas, além de turcos, canadenses e alguns países árabes.

“Um curso como língua de acolhimento leva em conta as dificuldades específicas de um grupo social que tem que se integrar rapidamente no mercado de trabalho e ambiente social do país que o acolhe. Então, é necessário adaptar as aulas às necessidades dos refugiados e migrantes, seja de trabalho, de procurar moradia ou de se integrar ao sistema educacional e de saúde”, esclarece a docente.

Além da professora Juliana Luna, o projeto é também coordenado pela professora Ana Berenice Martorelli. Juntas, elas orientam o planejamento e o desenvolvimento das atividades.

As aulas do PLAc são ministradas por 10 extensionistas, discentes dos cursos de letras da UFPB, que são impactados pelo projeto nas suas trajetórias profissionais. “É uma experiência muito edificante, e podemos ver como os alunos de graduação se desenvolvem como professores de língua estrangeira durante o processo”, afirma Juliana.

Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato pelo e-mail juliana.freire@academico.ufpb.br.

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Reportagem: Vinícius Vieira
Edição: Aline Lins
Foto: Angélica Gouveia
Ascom/UFPB