(Re)Existir em Tempos de Violência: Educação, Justiça e Esperança Social
O III Simpósio Interdisciplinar sobre Violências, SISV 2026, assume como eixos orientadores a interdisciplinaridade, entendida como integração e diálogo efetivo entre áreas do conhecimento, e a interseccionalidade, tomada como operador analítico para compreensão das desigualdades que produzem violências. Nessa direção, o SISV 2026 reunirá juristas, filósofos, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, articulando saberes e conectando identidades e estruturas sociais. O objetivo primordial é fortalecer uma crítica qualificada às múltiplas faces da violência em crescimento no país, estimulando respostas ancoradas em direitos, cuidado e participação democrática. O Simpósio busca engajar universidades, instituições públicas de garantia de direitos, organizações da sociedade civil e o público em geral em um debate que visa reafirmar o compromisso histórico da universidade como lugar de produção de ciência comprometida com a vida. Seu propósito central é afirmar-se como um encontro fecundo entre os saberes educacionais e as missões públicas do campo jurídico e das políticas sociais, orientado pelo compromisso com a dignidade e os direitos, articulando pesquisa, formação e ação institucional. O evento convoca a união de esforços entre Filosofia, Sociologia, História, Psicologia, Educação, Direito e áreas afins, com o intuito de promover reflexão integrada sobre a violência em suas dimensões estruturais, culturais e institucionais. Para isso, o evento articula pesquisa, formação e políticas públicas, de modo que diagnósticos consistentes se convertam em estratégias de prevenção, cuidado e responsabilização, bem como em práticas pedagógicas, curriculares e jurídicas capazes de produzir efeitos concretos diante de um fenômeno multifacetado por essência. O evento pretende congregar professores e estudantes de graduação e pós-graduação da universidade e da escola básica, além de outros profissionais interessados, para repensar um tempo de contradições profundas, em que avanços tecnológicos e informacionais convivem com a intensificação da intolerância, da desigualdade e de práticas violentas. Razão pela qual a ideia de (re)existir adquire sentido como ato político e pedagógico de resistência à desumanização, reinventando modos de ser, educar e conviver. Nesse horizonte, a educação e a ciência constituem-se como espaços de reconstrução ética e social, cultivando a responsabilidade diante do sofrimento para reconhecer determinantes estruturais da violência e promover uma cultura de paz sustentada por diálogo, reconhecimento e reparação. Em sociedades desiguais, a violência nasce de negações sistemáticas de direitos e da exclusão de grupos historicamente marginalizados, por isso o Simpósio promove o reconhecimento de vozes silenciadas e valoriza perspectivas interseccionais sobre raça, gênero, classe, território, geração e deficiência, defendendo políticas de cuidado e proteção baseadas em evidências e orientadas pela equidade.






