Miguel Angel Rojás

Miguel Angel Rojás nasceu em Bogotá, Colômbia, em 1946, no seio de uma família emergente e, durante sua trajetória, transformou possíveis barreiras à sua carreira artística, como a dependência química, em força motriz para a produção de suas obras de arte. 

Em 1964, aos 18 anos, iniciou seus estudos no curso de arquitetura da Pontificia Universidade Javeriana, em Bogotá. Seis meses depois, saiu da arquitetura e se matriculou na Escola de Belas Artes da Universidad Nacional de Colombia, onde começou as primeiras experimentações fotográficas de longa exposição e auto retrato.  

Reconhecido como um dos primeiros artistas colombianos a abordar a experiência homossexual em seu trabalho, em 1973, Rojás iniciou a série fotográfica Faenza e, a partir de registros feitos em cinemas B, apresentou ao público o mundo invisivel dos encontros de casais homoafetivos que, sob forte sensura, ocorriam às escondidas, longe do olhar estigmatizante que os ameaça com pena de prisão.

Nas décadas de 70 e 80 (Século XX), Rojás também produziu obras em gravura, vídeo, entalhe, costura e, na década de 90, usou folhas de coca em seu trabalho objetivando falar sobre o abastecimento, a partir da Colômbia, do consumo de cocaína por países desenvolvidos como os Estados Unidos. Ainda sobre o tema dos impactos do narcotráfico na sociedade colombiana dos anos 90, o artista produziu a obra “David”, retratando de forma crítica a experiência mutiladora dos soldados que atuavam na linha combate ao comércio ilegal da intorpecentes.

Dentre os prêmios recebidos por Rojás o Prêmio da II Bienal Internacional de San Juan em 1979, o Prêmio da XXX Exposição Nacional de Artistas da Colômbia em 1986 e o prêmio de fotografia no XXXII Salão Nacional de Artes da Colômbia, em 1989.

Sem título, 1992. Técnica: serigrafia a cores. Dimensões: 70 cm x 100 cm. Doação Cia Bozano. Foto: Maycon Albuquerque.

Última atualização: quarta-feira, 6 de agosto de 2025